
Gabriel Baptista, barcelense da Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team, a Landeiro/KTM/Matias&Araújo e a Porminho Team Sub-23 foram os grandes vencedores do 22.º Circuito de Palmeira/Prémio Peixoto Alves, prova do Campeonato do Minho de Ciclismo de Estrada e pontuável para a Taça de Portugal de Esperanças, competição que junta as categorias de sub-23 e juniores.
Numa prova que contou com a presença no homenageado – Peixoto Alves, ciclista de Palmeira que venceu a Volta a Portugal em 1965 -, Gabriel Baptista foi o grande vencedor e assumiu a Camisola de líder da Taça Esperança.
O ciclista de Barcelos que, juntamente com o seu colega de equipa Gonçalo Amaral, Guilherme Mesquita (Earth Consulters/Maia/Frutas Monte Cristo), João António (Óbidos Cycling Team) e Guilherme Ribeiro (WWW-Haggens Berman – Jayco), andou fugido quase toda a última volta ao percurso, cortou a meta ao fim de 2:25:16 horas.
Guilherme Ribeiro foi segundo e Gonçalo Amaral, que muito trabalho para a vitória do seu colega, assegurou o terceiro lugar.
No top10 ficou ainda Diogo Saleiro, barcelense da Porminho Team Sub-23.
Simão Lucas e Gonçalo Santos (Landeiro) e João Martins (Maia) terminaram no top20, enquanto Bruno Lopes (Porminho) foi 21.º e João Lazarini (Landeiro) 30.º.
David Luta, da Academia Efapel de Ciclismo, foi o primeiro Júnior a cortar a meta, enquanto Guilherme Silva foi segundo e Simão Lucas (Landeiro) conquistou o terceiro lugar.
João António (Óbidos) venceu a Classificação dos Prémios de Montanha e Francisco Cordeiro (Maia) a das Metas Volantes.
A Porminho Team Sub23, com três ciclistas no Top10, venceu entre as equipas os sub-23, deixando o St.ª Maria Feira/Moreira/Bolflex/E. Leclerc em segundo e o Óbidos Cycling Tema foi terceiro.
A Landeiro/KTM/Matias&Araújo foi a melhor equipa Júnior, também com três ciclistas no top10: Simão Lucas, Gonçalo Santos e João Lazarini.
A Picusa Academy foi segunda.
GABRIEL BAPTISTA: “ESTOU MUITO FELIZ”
“Estou muito feliz por ter vencido”, foi assim que Gabriel Baptista, da Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team, começou por comentar a sua vitória em Palmeira.
O ciclista de Barcelos referiu que “a meio da corrida pensei: ou tenho um colega de equipa em topo de forma ou não vou conseguir ganhar…mas hoje o meu colega Gonçalo Amaral estava mesmo bem. Não tenho palavras para o trabalho que conseguimos fazer. Com dois atletas conseguimos controlar a corrida e consegui ganhar, mas esta vitória é para ele”.
Sobre o percurso, Gabriel Baptista, que chegou a fazer o Circuito de Palmeira em Júnior, referiu que “este ano a corrida está menos dura um bocado porque não fomos até ao alto do Sameiro. Foi uma corrida mais rolante, mas mesmo assim foi uma corrida duríssima”.
GONÇALO AMARAL: “MUITO, MUITO SATISFEITO”
Gonçalo Amaral foi uma peça fundamental para a vitória do seu colega de equipa Gabriel Baptista e ainda garantiu a subida ao terceiro lugar do pódio e, por isso mesmo, mostrou-se “muito, muito feliz e satisfeito” e garante “não podia ter acabado melhor”.
O ciclista de Famalicão referiu que “as sensações foram melhorando ao longo da corrida e acabar a prova e ver o meu colega a levantar os braços e ainda subir ao pódio naquela que é a corrida do meu ‘quintal’, pois são as estradas em que eu passo mais tempo a treinar, é incrível.
Sobre a corrida Gonçalo Amaral salientou que “com uma primeira parte do circuito em paralelo e depois com a passagem pelo Sameiro, parece que são duas corridas. Foi duro, mas terminou da melhor maneira”.
PEIXOTO ALVES: “GOSTEI MUITO DE ACOMPANHAR”
Peixoto Alves, o ciclista de Palmeira que em 1965 venceu a Volta a Portugal, marcou presença na edição deste ano do Circuito de Palmeira/Prémio Peixoto Alves, e garante que “gostei muito de acompanhar esta corrida”.
Para o ex-vencedor da Volta a Portugal, o Circuito de Palmeira “apresentou um percurso um bocadinho dura para estes jovens… mesmo com 17 anos é duro para eles. Este percurso é para profissionais”.
Peixoto Alves, quase a completar 85 anos, mostrou-se “muito satisfeito” por ter uma corrida com o seu nome e poder “marcar presença – já não vinha cá há uns anos por doença -, por estar aqui, rever amigos e assistir a esta corrida”.
JOÃO FERREIRA: “BALANÇO MUITO POSITIVO”
“O balanço é muito positivo” disse João Ferreira, presidente da Junta de Freguesia de Palmeira, que salientou que “tivemos muito mais pessoas, aficionados do ciclismo, na meta, mesmo no final quando ainda fazia muito calor. Ao longo do percurso notou-se também muita gente a apoiar, a incentivar. Acho que isso é a prova que o Circuito de Palmeira é uma prova de sucesso e que será para continuar”.
Afirmando que “Palmeira, mais uma vez, mostra que gosta de ciclismo, gosta do desporto e de apoiar os atletas”, João Ferreira lançou um repto “se calhar é a prova de que a prova rainha do ciclismo nacional – a Volta a Portugal – deva passar em Palmeira definitivamente porque Palmeira sabe acolher e sabe apoiar os atletas”.
Para o autarca a mudança do local da meta “foi uma aposta ganha. Não só em termos de espetáculo, porque houve mais competitividade, mas também ganhou em termos de público”.