José Mendes, ciclista de Guimarães que alinha na W52 – FC Porto, defende este domingo a camisola de Campeão Nacional de Fundo em Elites nos Campeonatos Nacionais de Ciclismo de Estrada, que decorrem em Paredes.
O ciclista vimaranense foi o mais forte, o ano passado, em Melgaço e conquistou, pela segunda vez, a camisola mais desejada.
Este ano os Campeonatos Nacionais decorrem em circunstâncias diferentes. Até ao momento realizaram-se muito poucas corridas e a última foi há mais de um mês, um contrarrelógio individual a contar para a Taça de Portugal. Por isso, é difícil aos atletas saberem como realmente se encontram e muito menos saber como estão os adversários.
“SEM COMPETIÇÃO É DIFICIL DIZER COMO ME ENCONTRO”
José Mendes começou por referir que “é difícil dizer como me encontro. Fiz a preparação, não a ideal, mas treinei sempre com a expetativa de correr. Depois do que aconteceu com o Troféu Joaquim Agostinho, as dúvidas sobre a realização das provas aumentaram. Mas fiz a preparação que podia e a que era mais adequada”, mas “sem competição é difícil de dizer como é que estou”.
“Nestas últimas duas semanas treinei sempre focado nos Campeonatos Nacionais, mas sei que a minha condição física não é a normal para esta altura da época. Nos outros anos já tinha feito estágios e corridas e sabia como me encontrava. Este ano a preparação foi sempre feita com a desconfiança sobre a realização das provas”.
José Mendes adiantou que “eu preciso de alguma competição para chegar à minha melhor forma. O Campeonato Nacional é, praticamente, a primeira prova. Estive na Prova de Reabertura, mas foi há um mês. Domingo vou fazer uma corrida às escuras. Começar as competições com o Campeonato Nacional não é o melhor, mas é o que há. Temos de aceitar”.
“O MAIS IMPORTANTE É MESMO O REGRESSO ÀS COMPETIÇÕES”
De resto, “o mais importante é mesmo o regresso às competições”, disse José Mendes, que salientou que “vai ser um Campeonato Nacional muito aberto, ninguém parte em vantagem, ninguém sabe com está ninguém. Aqueles atletas que treinam juntos podem ter uma ideia, mas não é nada de concreto. Isso fica-se a saber nas corridas, como, praticamente, não houve vamos todos às escuras”.
José Mendes considera “difícil voltar a ganhar a camisola” porque “não é fácil ganhar dois anos seguidos. Os outros ciclistas vão estar mais atentos ao que eu possa fazer. Seria uma boa surpresa se conseguisse ganhar novamente”.
Para José Mendes o importante é que “tudo corra bem, que não haja qualquer tipo de problemas e que seja ‘uma roda para a frente’ no ciclismo, para que todos os intervenientes ganhem confiança e se possam realizar mais provas de ciclismo”.