
“A experiência está a ser boa” disse Eduardo Morgado, barcelense que está ao serviço da Credibom/L.A. Alumínios/Marcos Car na 86.ª Volta a Portugal em Bicicleta.
Eduardo Morgado, que se estreia na Volta a Portugal masculina – já participou por duas vezes na Volta feminina -, referiu que “apesar de ser bastante desgastante, estou a fazer algo que gosto. Se a isto juntarmos a prestação que a equipa está a ter, então não podia estar a ser melhor”.
Como é o teu dia a dia? “É longo e duro… Mas é acordar, tomar o pequeno-almoço e começar logo a trabalhar. Começamos logo por preparar os carros, verificar as pressões de todas as rodas, carregar as bicicletas, rodas, ferramentas para os carros”, disse Eduardo Morgado, que adiantou que “depois saímos do hotel em direção ao local de partida e aí temos de descarregar tudo, ultimar as bicicletas para a partida, garantir que temos tudo o que vamos necessitar nos carros de corrida e arrancamos”.
Dentro da corrida “a nossa função além de prestar assistência em caso de qualquer avaria mecânica, é também auxiliar o diretor desportivo a preparar o abastecimento que dá aos atletas e anotar todas as informações de corrida (fugas, metas montanha/pontos)”.
Quanto termina a corrida “tentamos sair o mais rápido possível para o hotel com as bicicletas prioritárias de maneira a começar logo a trabalhar nelas. Chegando ao hotel, começamos por lavar as bicicletas e preparar tudo para o dia seguinte. Depois segue-se o jantar e, eventualmente, terminar as bicicletas que faltam e lavar/aspirar os carros…E isto repete-se todos os dias”.
DIA DE FOLGA DA VOLTA… DIA DE MUITO TRABALHO
Hoje foi um dia diferente? “A única diferença foi não ter corrida e conseguir dormir mais 1h”, disse Eduardo Morgado, que acrescentou: “de resto fazemos tudo, mas ainda com mais detalhe. Como teoricamente temos mais tempo, fazemos o que não conseguimos fazer nos outros dias”.
Serviu para carregar baterias para o que falta da Volta? “Não… Para quem está habituado a deitar-se cedo, é um choque grande. Tem sido vários dias em que dormimos seis horas. Aqui só sabemos as horas em que vamos acordar, nunca sabemos quando acaba o trabalho e vamos descansar” afirmou o mecânico da L.A. Alumínios, que garantiu que “tem valido a pena. Estou a gostar bastante”.