CICLISMO

Gaspar Silva, o homem que ‘trata’ do ‘rei’ João Matias

Gaspar Silva, massagista de Viana do Castelo, é um dos homens que tem a missão de tratar do ‘rei’ das etapas da 83.ª Volta a Portugal, o barcelense João Matias.

A dupla minhota tem feito sucesso na Tavfer/Mortágua/Ovos Matinados e não é incomum vê-los abraçados no final da etapa… afinal a vitória de um é a vitória de todos, como insiste em dizer João Matias no final de cada bom resultado.

Como é massajar o ciclista que já leva duas etapas ganhas? “É muito bom. Ele deixa-nos orgulhos”, afirmou Gaspar Silva, que salientou que “sentimos a vitória dele um bocadinho nossa também, porque ajudamos o atleta a estar bem, a estar na melhor forma para disputar o sprint”.

O João Matias insiste sempre que a vitória não é só dele, mas de toda a equipa, vocês levam isso à letra? “Sim a vitória é de todos. É o nosso lema. Todos trabalhamos em equipa, não são apenas os ciclistas que têm de trabalhar em equipa, somos todos, staff, direção, etc”, disse Gaspar Silva.

“FOLGA? FOI UM DIA DE TRABALHO”

Hoje foi o dia da folga da Volta a Portugal, mas o trabalho não diminuiu para o massagista vianense da Tavfer/Mortágua/Ovos Matinados…

“Foi um dia de trabalho, não é igual aos dias de corrida, mas a diferença passou apenas pelo facto de podemos acordar ligeiramente mais tarde, porque depois temos toda uma rotina para completar. Temos de refazer tudo para os dias que se seguem da Volta, a alimentação, a nutrição, preparar o dia a dia dos atletas”, disse Gaspar Silva, que adiantou que “a tarde foi dedicada, exclusivamente, aos atletas. Foi uma massagem mais completa para recuperarem do esforço despendido até aqui e prepará-los para o que falta”.

Como sentiu hoje os atletas? “Estão bem, estão preparados. Eles fizeram uma preparação muito boa e muito dedicada. Depois o trabalho que fazemos com eles é contínuo, não é só feito na Volta e quando se tens esses cuidados, os resultados aparecem”.

Gaspar Silva vai para a sua quarta Volta a Portugal, terceira ao serviço da Tavfer e sente que “este ano há um espírito de equipa maior. Nós desde o ano passado, quando perdemos o nosso mentor, o mentor do clube e de alguns dos ciclistas da equipa, ficamos mais unidos e conseguimos passar isso aos que entraram de novo, como é o caso do João Matias. Essa união de grupo, esse espírito de entreajuda tem-nos marcado e obriga-nos a trabalhar mais e melhor para que tudo corra bem”.

“SENTIR O SABOR DA VITÓRIA É SEMPRE BOM”

O que tem gostado mais nesta Volta a Portugal? “Sentir o sabor da vitória é sempre bom, ganhar sabe sempre muito bem. Nós trabalhamos muito para isto e ganhar uma etapa na Volta a Portugal é o expoente máximo. E nós já vencemos duas vezes”, disse Gaspar Silva, que salientou, no entanto, que “continuamos a ser a mesma equipa, a trabalhar com a mesma alegria que nos define e sempre com os pés bem assentes no chão”.

Para o massagista da Tavfer: “nós ainda temos muita estrada para percorrer, muitas dificuldades para ultrapassar e a mesma ambição em ganhar. Não somos os melhores por termos ganho duas etapas, somos uma equipa ambiciosa, que vai trabalhar para continuar a dar o seu melhor e tentar ganhar mais etapas”.

Vêm aí as etapas do Minho. Sente que são etapas especiais? “Correr em casa é muito bom e eu e o João vamos estar na nossa terra e vamos sentir o apoio dos familiares e de todas as pessoas que nos conhecem. Nós temos recebido imensas mensagens a dar-nos os parabéns pelo trabalho que estamos a fazer e esse apoio vai notar-se, com certeza, na estrada nessas etapas”.

ETAPAS DO MINHO… “VAMOS VER SE DAMOS MAIS ALEGRIAS AOS ADPTOS MINHOTOS”

São etapas para ganhar? “Digamos que sim… gostávamos muito de ganhar essas etapas. Os adversários estão fortes, mas iremos com tudo para atingir o nosso objetivo e tentar ganhar mais etapas… vamos a ver se damos mais alegrias aos adeptos minhotos e se o João ganhar nessas etapas será ‘a cereja no topo do bolo’”.

Gaspar Silva foi ciclistas, mas nunca participou na Volta a Portugal e garante que hoje não pensa no que poderia ter feito numa prova destas… “O meu tempo no Ciclismo já passou, aproveitei o máximo que pude. A minha participação na modalidade seguiu vários caminhos até que estabilizei nas massagens, que é a minha paixão e quem faz o que gosta…”.

É mais duro andar em cima da bicicleta ou estar nos bastidores? “Não dá para comparar, é diferente… Aqui em termos físicos podemos equiparmo-nos aos atletas, porque temos muito desgaste, o dia é muito longo. Levantamo-nos muito cedo e deitamo-nos tardíssimo. Em termos psicológicos, quando as coisas correm bem, nós estamos bem e não temos tanto desgaste como os atletas”, mas no final das etapas “as emoções disparam. Aquele friozinho aparece sempre, emocionamo-nos muito porque sabemos o que eles lutam e sofrem, do que abdicam para estar ao melhor nível na Volta a Portugal e quando vimos recompensado esse esforço com uma vitória, compartilhamos das mesmas emoções”.

Gaspar Silva refere que “o massagista não é só massagista, é confidente dos atletas, estamos sempre presentes e eles sabem que podem contar connosco a qualquer hora”.

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