
João Matias, da Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, parte confiante para aquela que é a sua oitava Volta a Portugal em Bicicleta, que arranca amanhã com um prólogo de 3,4 quilómetros a disputar na Maia.
O ciclista de Barcelos, que tal como há dois anos conta com uma motivação extra, garante que “sinto-me bem, fiz uma boa preparação e estou confiante para a Volta a Portugal”.
Quanto a objetivos… “Gostaria de estar na disputa de uma etapa, de entrar nas fugas. Quero mostrar as cores da equipa, dos patrocinadores”, por isso “se tiver oportunidades para aparecer vou tentar aproveita-las ao máximo”.
Sobre a edição 86 da Volta a Portugal, João Matias não tem dúvidas: “é das mais duras desde que participo. Se calhar as etapas que terminam em alto – Montejunto, Senhora da Graça, Torre – são mais acessíveis, mas depois têm chegadas muito duras” e adiantou: “as etapas com possíveis chegada ao sprint são muito duras…”.
Afirmando que “mais uma vez, os sprinters têm menos oportunidades”, João Matias garante que “isso não faz com que deixe de acreditar que é possível fazer uma boa Volta e queiro andar e estar na frente. Mas, e não me refiro apenas à Volta a Portugal, que é a prova mais importante, é preciso repensar um pouco os percursos, dar oportunidade a todos”.
A Volta a Portugal arranca este ano no Norte e a primeira etapa liga Viana do Castelo a Braga… é uma etapa especial? “Claro que sim. Não é uma etapa para as minhas características, mas vou passar perto de casa, pelas estradas que treino muitas vezes. Passar pelo Minho é sempre especial e tenho a certeza que vou ter muito apoio. Aproveito já para agradecer a toda a gente que vai estar presente e a apoiar-me ao longo do percurso”.
Vencer no Sameiro é difícil, mas não é impossível… “Não é impossível porque faço parte do pelotão, mas é muito difícil mesmo, ainda por cima com duas subidas ao Sameiro” disse João Matias, que salientou que “se vencesse no alto do Sameiro seria uma das maiores surpresas da etapa… mas vamos estar na luta.
Penso que a minha tarefa nesta etapa é estar mais com os trepadores, guardar as minhas forças para outras etapas, em que posso estar na luta, como a chegada a Fafe, Santarém, Viseu ou Bragança. Claro que tenho a perfeita noção que somos três sprinters na equipa, um dos quais tem vencido e para mim é o melhor sprinter, o Leangel Linarez. Tenho a sorte de o ter como colega, como ele tem a sorte de ter o Matias como colega. Seja como for o mais importante é a equipa, é mostrar as cores da equipa e os patrocinadores”.
Esta já é a oitava Volta a Portugal em que participas, ainda sentes o ‘friozinho da barriga’? ” Na preparação já não. Claro que treino com mais afinco, faço um estágio específico para estar bem na Volta, mas já não tenho aquele nervosismo de iniciante. Não menosprezo a Volta, é e será sempre aquele corrida que nos entusiasma, a grande corrida, mas já consigo ir com alguma tranquilidade para a Volta a Portugal”.