CICLISMOENTREVISTAS

Carlos Cruz: “treinar bem e divertir-me”

“Os objetivos passam por treinar bem e divertir-me” foi assim que Carlos Cruz, ciclista de Viana do Castelo que alinha na SAERTEX Portugal – Edaetech, começou por abordar a nova temporada.

O ciclista de Vila Franca, Viana do Castelo, vai para o seu segundo ano no Ciclismo, mais concretamente, no BTT e mostra-se motivado: “o importante é treinar bem e aproveitar para me divertir com aquilo que faço. Quando chegar a altura de competir os resultados vão aparecer”.

“OS TREINOS ESTÃO A CORRER BEM…JÁ SINTO MELHORIAS”

Carlos Cruz já está a trabalhar há algum tempo: “vou para a 14 semana de treino esta época” e garante que “estão a correm bem. Já sinto melhorias comparativamente ao ano passado pela mesma altura”.

O ciclista de Vila Franca chegou ao BTT há cerca de um ano…“este é o início da segunda época”. E o que te levou a enveredar pelo Ciclismo? “Quando decidi retirar-me do Remo, queria manter-me ativo. Como sempre gostei de BTT, a escolha acabou por ser fácil”.

QUEDA NA PRIMEIRA PROVA…

Mas a experiência não começou bem. Logo na primeira prova em que participou – Maratona de Paredes de Coura – caiu e fraturou o braço… “Não foi a melhor estreia e claro que assustou, acho que é normal depois de qualquer queda. Mas depois aos poucos, voltei a ganhar confiança nos treinos”.

De resto “foi uma época com poucas corridas, gostava de ter tido mais provas, mas não foi possível”.

Carlos Cruz representa a SAERTEX Portugal-Edaetech e lembra como surgiu a hipótese de representa o clube vianense: “tive um encontro casual na loja VianaCycles com o Carlos Rocha. Marcamos um treino e a partir daí temos treinado diariamente”.

De fora estão, para já, os treinos de equipa: “devido às restrições e à pandemia”, mas os treinos “não são descurados e tenho trabalhado bem para quando chegarem as competições estar apto para disputar as corridas”.

DO REMO AO CICLISMO

Carlos Cruz chega ao ciclismo depois de 10 anos no Remo, onde chegou a conquistar troféus, títulos e a representar a Seleção Nacional…O atleta de Vila Franca, que se diz um apaixonado pelo Remo, explica porque decidiu sair…

“A minha categoria (pesos ligeiros) vai deixar existir por decisões da FISA, entidade máxima no remo. O que significava os Jogos Olímpicos de Tóquio, então marcados para 2020, seriam os últimos com a minha categoria. Por isso e como estava de fora da equipa que ia tentar o apuramento olímpico e como não sentia motivação para continuar a remar a nível de clube (competições nacionais) tomei a decisão de mudar”.

Uma decisão que não foi fácil “o que custou foi sentir que nem ia sequer tentar o apuramento para os Jogos Olímpicos, não porque não tivesse valor, mas sim por decisões ‘federativas’”.

“RETOMEI OS ESTUDOS E SOU BOMBEIRO SAPADOR”

Carlos Cruz começou no Clube Náutico de Viana, passou pelo SC Caminhense e representou nos últimos anos o Viana Remadores do Lima. Agora está no BTT de ‘corpo e alma’ e refere que “são dois desportos duros. O Remo acabava por ser mais ao nível psicológico porque já tinha alguma responsabilidade. Era dos melhores atletas nacionais, representava a Seleção Nacional. No Ciclismo sou mais um. Ao nível de horas de treino, treinava mais horas no Remo, mas estava com o foco a 100 por cento na modalidade. Enquanto que agora retomei os estudos e sou Bombeiro Sapador na CBSVC. Por isso, apesar de o desporto ser algo que dou muita importância, neste momento, não é a prioridade como em épocas anteriores”.

Afirmando que “o remo será sempre a minha paixão e o VRL será sempre o meu clube”, Carlos Cruz salientou que “agora estou numa fase de aprendizagem e estou a adorar. Sem pressões, simplesmente, estou a curtir o BTT”.

No Remo, Carlos Cruz não conseguiu atingir o seu grande objetivo: “ir aos Jogos Olímpicos”, mas marcou presença em várias competições internacionais pela seleção Nacional, tendo, assim, um palmarés recheado.

Agora o atleta de Vila Franca divide as suas atenções pelo trabalho, estudos e BTT: “ser bombeiros Sapador é algo que gosto muito e retomei os estudos em Licenciatura de Proteção Civil e Gestão do Território muito em parte pelo meu gosto pela profissão”.

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