João Baptista, da Bike House DH Team/Guimarães, foi o principal protagonista do 22.ª BTT DHI da ACRAP, penúltima prova do Campeonato do Minho, que decorreu domingo em Prozelo, Arcos de Valdevez.
O ciclista de Guimarães, que regressou este ano à competição, fez a descida final em 2:44:40m, garantindo o melhor à geral da pista arcuense.
João Baptista, que conquistou assim a sua primeira vitória como Elite, ele que foi Campeão do Minho em 2019 como Júnior, deixou na segunda posição o seu colega de equipa Filipe Silva (2:46:80), enquanto Gabriel Afonso (Tribu del Ñu CC) foi terceiro.
Em Elites de destacar ainda o quinto lugar de José Manuel Ferreira (Bike House), enquanto Pedro Fernandes foi sétimo classificado. Ricardo Castro (Bike House) concluiu a prova em 10.º lugar, enquanto bracarense Renato Barbosa foi 11.º e André Vilas Boas terminou em 12.º.
JOÃO BAPTISTA: “FOI INCRÍVEL”
“Foi incrível”, foi assim que João Baptista classificou o resultado obtido no 22.º BTT DHI ACRAP, que lhe permitiu vencer em Elites e obter o melhor tempo à geral.
O ciclista de Guimarães referiu que “esta foi a minha primeira vitória em Elites e a sensação é muito boa”.
Vencer em Prozelo já não era uma novidade para João Baptista… “Já não é a primeira vez que ganho aqui, mas ganhar como elite é algo maravilhoso”, disse o ciclista da Bike House, que regressou à competição este ano, depois de uma mais de um ano de paragem.
“AGORA ESTOU NA CATEGORIA RAINHA DO DOWNHILL JÁ É TUDO DIFERENTE…”
Qual é a diferença das lutas que tiveste em Juniores, em que te sagraste Campeão do Minho, e agora como Elite? “Em juniores eu já tentava intrometer-me nas lutas pelas classificações à geral das várias provas. mas agora que estou na categoria rainha do Downhill já é tudo diferente, é mais competitivo e uma pressão maior”.
Sobre a descida que lhe deu a vitória no DHI da ACRAP, João Baptista referiu que “cometi alguns erros na descida final, consegui na mesma a vitória porque nunca desisti e o resultado acabou por aparecer”.
Esta vitória é o resultado de todo o trabalho que fizeste ao longo do ano? “Ultimamente tenho-me aplicado muito a treinar, apesar de cada vez ser mais difícil de conciliar os estudos, trabalho e treinar. Mas os resultados estão a aparecer”, disse o ciclista que salientou que “também estive um pouco limitado porque estou com uma bicicleta de Enduro e as coisas não saem da mesma forma”.
Apesar de treinar e competir com uma bicicleta de Enduro, João Baptista refere que “não estou a pensar em mudar. O Downhill é mesmo a minha praia. Tem é havido dificuldades de arranjar bicicletas de DHI devido aos constrangimentos provocados pela pandemia”.
DAR O MELHOR, O SENTIMENTO DE REGRESSAR AO DHI E O SONHO DE CHEGAR AO MUNDIAL…
Quanto ao futuro, o ciclista de Guimarães considera que “a expetativa é sempre ganhar, fazer o melhor… Se não ganhar tenho de chegar ao fim e ter a sensação de que dei tudo de mim e que me sinto satisfeito com o que fiz”.
Como foi regressar ao Downhill depois da paragem? “Foi uma sensação incrível… Até porque logo na primeira prova foi quase uma Taça do Mundo, estiveram presentes ciclista do topo mundial (Tarouca) e foi uma sensação que nunca tinha tido no DHI. Fiz uma boa descida, mas lá está com uma bicicleta de Downhill conseguia melhor”, referiu João Baptista.
A Taça de Portugal de DHI ficou marcada este ano pela presença de um grande número de atletas estrangeiros. João Baptista considera que “isso foi muito positivo” e explicou que “ter bons atletas em prova leva-nos a estar mais motivados para chegar ao nível deles um dia”.
João Baptista nunca escondeu o sonho de um dia chegar ao Campeonato do Mundo de DHI… “é um sonho que se mantém. É um objetivo a médio-longo prazo. Não sei quando acontecerá, mas vou trabalhar para chegar lá um dia”.