“Foi uma vitória saborosa”, foi assim que Miguel Pereira, treinador do SC Braga, se referiu à primeira vitória que a sua equipa conseguiu no Campeonato Nacional de Sub-14 femininos de Basquetebol.
O SC Braga recebeu o CD Tondela e num jogo muito renhido ganhou por 39-38, resultado que lhe permitiu ascender à quinta posição…
Miguel Pereira referiu que “a equipa é bastante positiva e com facilidade em se motivar, mas mesmo assim elas já estavam a precisar de uma vitória e esta teve um sabor especial porque foi arrancada a ferros contra uma equipa que vendeu cara a derrota”.
“TEM SIDO UMA EXPERIÊNCIA FANTÁSTICA PARA ELAS E PARA NÓS TREINADORES”
Como tem sido a experiência no Campeonato Nacional? “Tem sido uma experiência fantástica para elas e para nós treinadores. É bom competirmos com equipas diferentes, que tem níveis de Basquetebol totalmente diferentes dos nossos. Nesta fase jogamos com o Guifões, clube em que as atletas jogam, praticamente, juntas desde os dez anos e aí a diferença é enorme, mas é um prazer ver jogar uma equipa assim e mostra-nos o caminho que devemos e estamos a tentar seguir no SC Braga”, disse o treinador bracarense.
Miguel Pereira salientou que “para além disso, e associado aos jogos, temos as deslocações a outras zonas do país que proporcionam uma aproximação maior entre as atletas, os treinadores e os pais, que merecem aqui uma palavra, pois têm sido inexcedíveis no seu apoio. Costumo dizer que nas Sub-14 temos o melhor grupo de atletas e de pais”.
Miguel Pereira considera que o grupo é composto por verdadeira gverreiras, que conseguem manter-se motivadas apesar dos resultados menos conseguidos no Campeonato Nacional…
“SÃO UMAS VERDADEIRAS GVERREIRAS”
“O ambiente entre elas é muito bom, têm um espírito de equipa muito forte e são umas verdadeiras ‘Gverreiras’ e isto por si só consegue ultrapassar as adversidades que são os resultados menos bons; depois da nossa parte (treinadores) existe um trabalho de motivação constante, associado a uma definição de objetivos realistas para cada jogo, com isto tentamos diminuir a pressão das atletas e estimulá-las para a obtenção dos objetivos sugeridos”, disse Miguel Pereira.
O treinador do SC Braga referiu que “tirando o jogo com o Esgueira, outra equipa bastante forte, em que sentimos alguma frustração por parte das atletas, nos outros jogos tivemos sempre a motivação em alta e nos dois últimos fizemos grandes recuperações na segunda parte. A resposta a esta pergunta é dada pelas atletas nos treinos seguintes em que temos sempre 15/16 atletas nos treinos, sempre ansiosas por corrigir os erros dos jogos anteriores. São um grupo muito treinável e ‘boa onda’”.
De resto “nesta faixa etária mais importante que os resultados são o desenvolvimento técnico individual de cada uma das atletas, o que temos visto na maioria delas. e a perceção tática do jogo, eu costumo dizer-lhes em brincadeira: ‘gostava de ter gravado o vosso primeiro jogo e o último que fizeram para verem as diferenças’. A evolução é enorme, agora só de vez em quando é que estão perdidas em campo”, referiu Miguel Pereira, que adiantou que “tenho sete miúdas que começaram este ano e algumas delas (Sofia Pires, Sofia Chaves, Ana Marta, Renata e a Lia) já começam a assumir o jogo quando é preciso. Para além delas há outras miúdas cheias de potencial (Gabriela, a Rita, a Margarida, a Anita e a Lara) mas uma coisa que aprendemos este ano é que os seus tempos de desenvolvimento são diferentes e temos de respeitar isso”.
A IMPORTÂNCIA DE TER ATLETAS NA SELEÇÃO DISTRITAL
O SC Braga tem algumas atletas convocadas para a Seleção Distrital de Sub-14, que vai participar na Festa do Basquetebol, já na próxima semana. Até que ponto isso é importante para o SC Braga, para o grupo e para as atletas? “Um dos objetivos que traçamos no início da época foi colocar o maior número de atletas possíveis na Seleção Distrital, porque sabemos da importância que Albufeira tem para o desenvolvimento como atletas e pessoal destas meninas”, referiu Miguel Pereira, que adiantou: “no Natal foram cinco as atletas chamadas (Maria Gomes, Laura Gomes, Marta Lima, Francisca Monteiro e Inês Camões), depois a Marta Lima teve o azar de se lesionar e acabou por sair o que foi, na minha opinião, uma baixa enorme para a seleção. A Inês que é uma atleta que começou a treinar em maio de 2021 e que tem um potencial fantástico, também acabou por sair e ficaram apenas três: a Maria Gomes que é Sub-14 de primeiro ano, já joga há quatro anos e é uma atleta fantástica; a Laura Gomes, que também joga há quatro anos e que este ano tem tido um desenvolvimento brutal, assumindo-se como uma ‘patroa’ da equipa que foi selecionada para ir a Albufeira, e a Francisca Monteiro, a nossa capitã, que ficou como suplente, mas que é uma atleta fantástica, excelente defensora e com uma visão e compreensão do jogo muito boa”.
“Ficámos muito felizes pela Maria e pela Laura que vão ter uma experiência fantástica que vão levar para a vida e com pena de outras não terem tido essa oportunidade, mas o terem ficado de fora também é uma experiência de vida e isso vai torná-las mais fortes e certamente para o ano irão treinar com esse objetivo em mente”.
Na hora de fazer o balanço da época, Miguel Pereira fez questão de “deixar uma palavra de agradecimento para os nossos patrocinadores: Regiclínica, Meltino e SevuPrinting, que têm sido parceiros fantásticos desta equipa e que acreditaram em nós”.