“Foi um dia complicado, foi uma prova de BTT mesmo muito dura, com um acumulado bastante grande, de zonas muito técnicas e algo perigosas. Mas no fim o balanço foi muito positivo e os atletas gostaram bastante” foi assim que Luís Barbosa, presidente da União Ciclista de Ponte da Barca, recordou a I Maratona de Ponte da Barca, que se realizou exatamente há um ano e abriu, em 2020, o curto calendário de provas da Associação de Ciclismo do Minho.
Luís Barbosa referiu que “estamos a viver este dia com nostalgia, vai há um ano, mas, por tudo o que este último ano nos trouxe, parece que já foi há 10 anos” e adiantou: “lembro-me que foi um dia de chuva intenso, no fim foi inesquecível. Fizemos coisas muito bem, tivemos algumas falhas, que é normal porque era a primeira, mas tudo se resolveu e não houve incidentes de maior. Este ano não tínhamos nada marcado porque a incerteza é muita, mas esperamos poder realizar a II Maratona Ponte Barca no próximo ano. Não sei se dentro da vila ou numa freguesia próxima”.
Ainda sobre a I Maratona, Luís Barbosa fez questão de referir que “em termos de organização da prova de BTT não posso esquecer que tivemos a ajuda do Bombos S. Sebastião. Deixo aqui o meu agradecimento ao Jorge Sousa, que agora vai ser o treinador da equipa de Ciclismo, pela sua ajuda. Foi ele que desenhou a maior parte do percurso. Foi uma grande ajuda”.
A I Maratona de Ponte da Barca serviu para dar a conhecer a Rematelaborado – União Ciclista de Ponte da Barca, clube criado em 2020 e que se dedica, essencialmente, ao Ciclismo de Estrada.
“O nosso intuito com a realização da Maratona era angariar dinheiro para a equipa de Ciclismo de Estrada, mas no final tivemos de meter dinheiro do nosso bolso. As inscrições são o que são, os patrocínios são muito poucos e a Câmara Municipal ajudou dentro do possível. Já estou há algum tempo metido nas organizações de Ciclismo de Estrada e Trail e sei que é mesmo assim, há muitos gastos. Foi a ACM os comissários, a GNR, se calhar fizemos mal os calculos, mas para a próxima será melhor”.
BALANÇO POSITIVO DO PRIMEIRO ANO DA EQUIPA UC PONTE BARCA
Quanto à equipa de Ciclismo de Estrada, a UC Ponte Barca conseguiu fazer uma boa campanha, dentro das competições que se realizaram Alberto Amaral e Rosa Marques estiveram em grande destaque ao conquistarem vários títulos.
Para este ano, a UC Ponte Barca apresenta várias novidades. A equipa de Elites conta com dois ciclistas: David Mayo, de Leon, Espanha, e Natanael Almeida, enquanto que do ano passado se mantiveram quase todos os Master (saiu apenas um por questões profissionais).
“Temos dois atletas Elites, o David Mayo, que é um trepador nato. Espero que se façam provas este ano para ele poder mostrar-se e tenho a certeza que ele dará o salto no final da época. É uma força da natureza” disse Luís Barbosa, que adiantou que “o Natanael tem Escola de Ciclismo. Passou por vários clubes e marcou presença em várias provas de destaque. Terá, também, uma palavra a dar este ano. Claro que sem competição ainda não sabemos até onde ele pode chegar, só podemos falar dos treinos”.
Da equipa de Master, a UC Ponte Barca reforçou-se com António Rodrigues, de Monção, que vai alinha em Master 40 e que se junta assim a José Amorim, Alberto Amaral, Ricardo Araújo, Paulo Angélico, Hélder Azevedo, Daniel Alves, Ricardo Gonçalves, Nuno Pimenta e Samuel Cunha.
EQUIPA FEMININA AMBICIOSA
A equipa feminina apesenta-se este ano muito mais composta, contando com três atletas Elites – Sofia Ramalho, Isabel Santos e Ana Caramelo – e três atletas Master -, Verónica Pereira, Vânia Vilaça e Rosa Marques.
Luís Barbosa, presidente da UC Ponte Barca, assegura que “temos muitos objetivos para a equipa feminina. Temos atletas capazes de lutar pelos títulos e pelos pódios nas provas nacionais. Por exemplo, a Rosa Marques, que este ano sobe de escalão, tem como objetivo ser Campeã Nacional em todas as vertentes em que participar. E vamos ainda tentar com que consiga o apuramento para o Mundial. Para já ela está no quarto lugar, mas os apuramentos são em Coimbra e é ainda uma hipótese. Depois temos a Ana Caramelo, que já na época passada mostrou o seu valor, e que este ano pode chegar mais longe e pensamos que tem condições para ser chamada à Seleção”.
A equipa feminina, que conta este ano a massagista Inês Rodrigues, ainda não está fechada “gostávamos de ter mais uma Master 30 e uma Master 40” vamos ver como corre.
“OBJETIVO É GANHAR”
Quanto aos objetivos do clube, Luís Barbosa começou por salientar que “o ano passado foi de aprendizagem para todos nós, para nos conhecermos. Este ano somos uma equipa mais capaz e penso que poderemos lutar pelos títulos. O Alberto Amaral vai tentar revalidar o título de Master 50 em Contrarrelógio e chegar ao título de Rampas. Nos ‘nacionais’ de Fundo temos alguns atletas que podem chegar ao título ou ao pódio, o José Amorim, o Angélico, etc. Depois queremos marcar presença nas Voltas e nos Grandes Prémios que estão a ser organizados e aí tentar chegar às camisolas, à Amarela, a de Montanha. Vamos pensar menos nos resultados por escalão e trabalhar mais como equipa. O objetivo é ganhar. Penso que temos equipa para isso”.
A UC Ponte Barca já está a trabalhar há algum tempo, mas Luís Barbosa lamenta que “não seja possível juntar a equipa devido à situação que estamos a viver. Tínhamos estágio marcado para este mês com a equipa feminina, mas teve que ser cancelado. O da equipa masculina nem sequer chegou a ser marcado e não sabemos quando poderemos juntar as equipas. Todos têm feito treino individual à espera de melhores dias”.