O FC Vizela suspendeu os treinos de preparação das várias equipas da Formação do Basquetebol. As restrições impostas ao concelho de Felgueiras e, mais recentemente, a proibição de circular entre concelhos levou a secção a suspender os treinos sine die.
A secção de Basquetebol do FC Vizela treina, atualmente, no pavilhão de Regilde, que pertence ao concelho de Felgueiras, e devido às restrições impostas ao concelho “tivemos de parar de treinar”, referiu Rui Costa, treinador dos Sub-14, Sub-18 e adjunto dos Sub-16 e ainda treinador do Minibasquete.
Rui Costa confessa que já sente saudades dos treinos… “temos muitas saudades. Ainda só treinamos um mês e por este andar parece que não vai ser tão cedo”.
“PROJETO AMBICIOSO, MAS MUITO BEM ALICERÇADO”
O treinador do FC Vizela garante que até à paragem “os trabalhos estavam a correr muito bem. O projeto do clube é ambicioso, mas muito bem alicerçado”.
Rui Costa que assinou pelo FC Vizela no defeso diz-se satisfeito com o que encontrou no clube…
“Temos vários atletas, rapazes e raparigas, com muito potencial. Os pais são muito interessados e participativos. O quadro de treinadores também tem muita qualidade e o trabalho tem corrido muito bem”.
E como é treinar numa altura em que não há competições para a Formação? Como se motivam os atletas? “Os miúdos com as restrições que há ficam motivadíssimos por poderem treinar. Como trabalhamos em grupo estão sempre quatro treinadores em campo, o que faz que com que os atletas recebam muitas atenções o que os motiva bastante”.
FORTALECER TÉCNICAS INDIVIDUAIS DOS ATLETAS
De resto, nesta fase sem competições, Rui Costa e o seu grupo de treinadores tem aproveitado para fazer um trabalho diferente… “além de não haver competição também há regras a serem cumpridas o que faz com que os treinos tenham uma estrutura diferenciada. Não pode haver jogo nem contacto, pelo que podemos e devemos basear o trabalho em fornecer todas as técnicas individuais”.
Rui Costa acredita que os atletas vão acabar por sair mais fortes desta fase “os atletas de certeza que sair mais fortes, quer física, técnica e mental. No aspeto do jogo aí só com o decorrer das competições é que poderemos aferir”.
Rui Costa, que está à frente das equipas de Sub-18 e Sub-14, sendo ainda o adjunto nos Sub-16, para além do Minibasquete, referiu que a resposta dos atletas à falta de competição varia de atleta e de escalão.
“Todos os atletas são diferentes, mas até aqui a entrega tem sido total. Claro que há atletas em diferentes níveis de aprendizagem. Os que estavam habituados a competir sentem mais falta. No entanto, há vários exercícios para compensar a falta de competição que os ajuda a manterem-se estimulados”.
“LONGA PARAGEM TERÁ CONSEQUÊNCIAS BRUTAIS NOS ATLETAS”
De resto o grande objetivo, neste momento, “é conseguir que todos tenham os apetrechos técnicos e entendam o conceito do jogo”.
Questionado sobre o que mais receia, Rui Costa afirmou: “que a pandemia obrigue a uma longa paragem que terá consequências brutais nos atletas tanto na vertente física como na mental. É a saúde dos atletas que está em causa. Não se pode obrigar os jovens a parar o seu desenvolvimento”.
Para já, Rui Costa ainda não sentiu as consequências das paragens forçadas, até porque “temos feito os treinos pelo zoom, mas se continuar por muito tempo aí sim haverá um grande retrocesso”.