O AVC Famalicão está com a época em suspenso. No final na primeira volta do Campeonato Nacional de Juniores Femininos a equipa famalicense está um pouco aquém do que pretendia. A falta de competitividade na fase regional e o facto de ter ficado numa das séries mais equilibradas da prova (Série D), bem como alguma infelicidade em dois dos cinco jogos disputados atiraram a equipa treinada por João Carlos Carvalho para a quarta posição.
O AVC Famalicão faz parte do quarteto de equipas que aspiram, nesta Série D, ao apuramento para a fase seguinte, mas SC Espinho (14) e Lusófona (12) terminaram a primeira volta com uma ligeira vantagem. A equipa treinada por João Carlos Carvalho, que foi infeliz na negra com a Lusófona, e saiu prejudicada frente ao SC Espinho, terminou a primeira volta na quarta posição com sete pontos.
JOÃO CARLOS CARVALHO: “SÉRIE MUITO EQUILIBRADA”
João Carlos Carvalho lembra que tal como tinha previsto, a Série D do Campeonato Nacional de Juniores Femininos é muito equilibrada e a luta pelos dois primeiros lugares decide-se em pequenos pormenores: “concluída a primeira volta, provou-se o que tinha adiantado, este é um grupo muito equilibrado com quatro equipas na luta pelos dois primeiros lugares”.
“Quanto à nossa equipa, não estamos a fazer o campeonato que gostaríamos” referiu João Carlos Carvalho, que lembrou os jogos realizados: “fizemos um bom jogo com a Lusófona em nossa casa, em que não fomos felizes na negra e apenas conquistamos um ponto. Com o SC Espinho, as dificuldades vieram de onde menos se esperava, tivemos uma arbitragem caseira, que descontrolou a equipa numa altura em que estávamos na fase de recuperação no resultado. O jogo do Esmoriz foi o nosso pior jogo, nunca conseguimos apresentar o nosso melhor jogo e tivemos sempre muitas dificuldades em contrariar as duas principais atletas do Esmoriz. As duas vitórias que conquistamos não deixaram dúvidas da nossa superioridade”.
“FALTA DE COMPETITIVIDADE DOS REGIONAIS NÃO AJUDOU”
João Carlos Carvalho continua convicto que a falta de competitividade nas fases regionais impede as equipas do Minho de chegarem mais longe no ‘Nacional’ de Juniores… “continuo com a mesma opinião que tinha anteriormente, o nosso regional e a falta de competitividade não nos ajuda em nada ainda para mais num grupo tão equilibrado como aquele que temos. E sentimos isso principalmente no jogo do Espinho e da Lusófona que a dada altura não conseguimos ser tão consistentes como os nossos adversários”.
“ESTA PARAGEM NÃO VEIO AJUDAR”
Com a suspensão dos campeonatos e a impossibilidade de treinar em grupo devido à atual situação, todo o trabalho feito até aqui fica praticamente sem efeito: “esta paragem não veio de todo ajudar. O contato com a bola deixou de estar presente no quotidiano das atletas. Fisicamente vamos tentando sensibilizá-las para que se mantenham o mais ativas possíveis, com planos de treino de força. Mas o treino esse deixou de existir. Quando tudo recomeçar, seja lá em que altura for, quase que teremos de fazer uma pré-época”.
Os Campeonatos Nacionais da I e II Divisões foram já adiados para setembro. O que pode vir a acontecer também nos escalões de formação. João Carlos Carvalho não concorda com ideia.
“Na minha opinião não faz sentido nenhum e podemos correr o risco de desvirtuar tudo o que foi feito pelas equipas está época. Nessas divisões, acho que deviam dar o título de campeão à equipa que acabou em primeiro, uma vez que as primeiras fases já terminaram. No caso de subir ou descer mais de uma equipa, aí sim, em setembro fazer o play-off do penúltimo e do segundo classificado de cada divisão, se assim entenderem. Recomeçar em setembro, não faz sentido nenhum, no meu entender”.