
Gonçalo Costa (WWV Hagens Berman-Jayco) e Afonso Vilas Boas (Tensai/Sambiental/Santa Marta) estiveram em grande destaque na terceira etapa da Volta a Portugal de Juniores, que decorreu no Sabugal e partem para o último dia com possibilidades reais de se sagrarem vencedores da prova.
O Campeão Nacional de Juniores teve um dia em grande: de manhã esteve na disputa da vitória, conquistando o segundo lugar com o mesmo tempo do vencedor, e de tarde foi o mais rápido no Contrarrelógio concluindo os 18,8 quilómetros em 25:29 minutos.
Com a vitória no segundo setor da terceira etapa, Gonçalo Costa ascendeu à segunda posição da Geral Individual, estando a 14s do novo Camisola Amarela, o sul-africano Carter Barnes, da Picusa Academy, que foi terceiro no CRI.
Gonçalo Costa lidera a Classificação da Juventude, a Geral por Pontos, com 44 pontos, mais sete que Rodrigo Jesus (Academia Efapel de Ciclismo), sendo ainda sexto na Geral da Montanha.
GONÇALO COSTA: “FOI UM DIA MUITO DIFÍCIL PARA A EQUIPA… TENTEI DAR O MEU MELHOR”
Gonçalo Costa, que estava satisfeito com os resultados obtidos, começou por referir que “foi um dia muito difícil para a minha equipa. Tivemos duas desistências por quedas, inclusive o líder… eu tentei fazer o meu melhor” e adiantou que “consegui um segundo lugar na corrida de manhã e venci o Contrarrelógio de tarde. Foi muito bom para mim e consegui diminuir muito a diferença para os primeiros da Geral”.
O CRI e mesmo os sprints são situações em que te dás bem? “O CRI sem dúvida, mas os sprint não é muito para mim, pois sou um ciclista leve e não me favorece. No entanto encontrei uma oportunidade e tentei ao máximo”.
Sentes que o ‘peso’ da Camisola de Campeão Nacional te tornam um alvo nesta Volta? “Sim um pouco, mas eu sei lidar bem com isso, ou pelo menos tento, porque mesmo sem ter a Camisola sou marcado da mesma forma”, disse Gonçalo Costa, que parte para a quarta e última etapa com um objetivo: “tentar a vitória na Geral”.
Quanto à etapa, não tem dúvidas… “Quanto mais dura for, mais benéfico é para mim”.
AFONSO VILAS BOAS (TENSAI) QUINTO NO CRI E QUARTO NA GERAL
Afonso Vilas Boas, da Tensai/Sambiental/Santa Marta, foi o quinto mais rápido no CRI e ocupa o quarto lugar da Geral Individual, a 19s do novo Camisola Amarela.
O ciclista da equipa de Viana do Castelo, que na sessão da manhã tinha feito 27.º a quatro segundos do vencedor, Tomás Mateus (DunasVale/Pereira&Gago), parte para a última etapa motivado e confiante num bom resultado.
Sobre o resultado no CRI confessa “de facto não estava à espera deste resultado, foi algo muito bom e que me motiva bastante” e lembrou que “antes de iniciar o aquecimento estava tudo a correr mal, o sensor de potência não estava a funcionar e várias outras coisas…fiquei tão irritado que acho que descarreguei tudo no CRI”.
Quanto à corrida de manhã “foi um resultado menos bom…o meu pé desencaixou e depois não consegui ir ao sprint, apesar de ser uma chegada ao meu jeito: a subir em paralelo e tenho muita força sentado. Também tive uma queda, o me deixou um bocadinho abalado para a subida final”, apesar de tudo “consegui acompanhar e cheguei no grupo da frente”.
Tens trabalhado no CRI? “Tenho feito um bom trabalho com o meu treinador, um trabalho mais intenso no último mês e meio devido a estar a meter números elevados e não conseguir fazer bons tempos. Foi feito um bom trabalho, principalmente, na minha posição aerodinâmica junto ao treino para consolidar a posição”.
Agora estando na quarta posição, a escassos 19 segundos do líder, como vai ser o dia de amanhã? “O dia de amanhã vai decidir tudo e o Ciclismo é imprevisível, mas sei que vou dar o meu melhor para tentar chegar o mais longe possível, claro”, disse Afonso Vilas Boas, que garante estar muito motivado “é bom saber que tanto trabalho dá frutos”.
DIMAS MOTA NO TOP10
Dimas Mota, da Picusa Academy, terminou o CRI na nona posição e parte para a última etapa no 11.º lugar, a um pouco mais de um minuto do seu colega de equipa Carter Barnes.
Simão Lucas, da Landeiro/KTM/Matias&Araújo, foi 21.º no Contrarrelógio, a 1.24 minutos de Gonçalo Costa, e caiu para o 12.º lugar da Geral Individual, estando a 1.15m do Camisola Amarela.
Rodrigo Abreu (Landeiro) conquistou o 33.º melhor tempo e o seu colega de equipa João Silva foi 41.º. No top50 ficaram José Gonzalez (Tensai) e Tomás Oliveira (Bairrada). Leandro Martins (Efapel) foi 52.º, Gonçalo Santos e Rafael Silva (Landeiro), João Silva e Simão Trancoso (Paredes – Reconco), Mauro Cauteren e Dinis Roxo (Tensai) ficaram no top70.
Luís Soares (Efapel) foi 73.º, Afonso Serra (Tensai) 91.º, Rui Sabino (Efapel), Bruno Silva (Landeiro) 101.º e Gonçalo Neves (Tensai) 109.º.
A quarta e última etapa da Volta a Portugal de Juniores tem uma extensão de 99 quilómetros e vai ligar Celorico da Beira a Trancoso. Pelo meio o pelotão tem duas Contagem de Montanha de 2.ª Categoria, em Trancoso e na Meta e uma Meta Volante.