O Vitória SC foi o grande vencedor do Torneio de Ano Novo em Minis B da Associação de Voleibol de Braga, que se realizou no domingo de manhã no Pavilhão da EB 2,3 de Gualtar.
A competição contou com a presença de cerca de 90 atletas em representação de oito equipas: AE Amares (masculinos), SC Braga, Colégio JPII/Dumiense, ADC Caldinhas, CARTaipense, AVC Famalicão, AD Esposende e Vitória SC (femininas).
Este foi o primeiro torneio da época em que os clubes só puderam participar com uma equipa, o que acabou por elevar o nível do torneio, assistindo-se já a jogos muito disputados.
O Vitória SC esteve mais forte, bateu na final o Colégio JPII/Dumiense e arrecadou a sua segunda vitória nos torneios de Minis B da Associação de Voleibol de Braga.
Maria Carlos, treinadora dos Minis B, sai satisfeita com o trabalho desenvolvido pela equipa e com a vitória, mas garante que o objetivo do Vitória SC vai muito além dos resultados…
“É sempre bom ganhar e trabalhar sob vitórias é muito mais agradável. Os atletas ficam mais motivados e recetivos para aprender mais”, disse a treinadora do Vitória SC, que adiantou: “mas nós não trabalhamos para as vitórias. Nós trabalhamos para que eles cresçam na modalidade, que se liguem ao Voleibol e que aprendam a técnica e a tática com a perspetiva de atingir a competência e que a possam utilizar mais tarde, nas equipas Seniores”.
“Trabalhamos tudo direitinho para eles serem bons atletas… se os resultados aparecem é sinal de que estamos a fazer um bom trabalho”.
Estes torneios são fundamentais para a evolução deles? “Sim, são torneios que fundamentais. Isto é como uma escola. Nós, aqui, ensinamos, mas depois tem a parte do convívio, que é muito importante, e da competição. Não chega jogarmos uns contra os outros entre a nossa equipa. Precisamos jogar com equipas diferentes para nos testarmos e ver em que ponto estamos na evolução”, disse Maria Carlos.
A treinadora do Vitória SC faz um “balanço positivo” da participação nestes torneios – e já leva duas vitórias -, mas garante que “queremos fazer mais e muito melhor”.
Como tem sido a época do Vitória SC? “Para nós este é, praticamente, um ano zero. É verdade que já começamos o ano passado, mas ainda estamos a tentar recuperar o número de atletas que tivemos noutros tempos. É mais fácil trabalhar sobre alguma coisa já feita, mas nós estamos a começar tudo do zero”.
Ainda por cima o Voleibol não é uma modalidade fácil… “O Voleibol é a modalidade mais difícil porque a bola não pode cair ou bater no chão. Depois há os gestos técnicos que são muito específicos e até contranatura… Temos de criar vários métodos para cativarmos as atletas, para que elas tenham algum sucesso e não desistam da modalidade”.
Qual tem sido a maior dificuldade este ano? “O mais difícil é cativar atletas para o Voleibol. Temos de tentar pelas escolas, de incentivar as crianças a ir aos pavilhões assistir aos jogos porque assim ganham o gosto pela modalidade”.
Nesse aspeto o Vitória SC tem uma vantagem, pois conta com as duas equipas na Liga… “Eu sou da opinião que as casas devem ser construídas da base, mas no desporto um bom telhado motiva uma boa construção. Acompanhando as equipas Seniores e elas tendo bons resultados, estando na luta pelos títulos, isso funciona como uma motivação extra para os jovens”.
O Vitória SC conta atualmente com um grupo de 35 atletas no Mini Voleibol, mas Maria Carlos lembra que “noutros tempos, antes da pandemia, tivemos 60 e é esse número que queremos atingir. Não é fácil, mas temos de trabalhar mais para cativar os jovens”.