José Salgueiro, Landeiro/KTM/Matias&Araújo/Frulact, esteve em grande destaque no Grande Prémio Alves Barbosa, prova por etapas destinada à categoria de Cadetes e que se realizou no fim de semana.
Cadete de primeiro, José Salgueiro estreou-se com um 15.º lugar geral, sendo o segundo melhor jovem em prova…
O ciclista de Barcelos, que está no Ciclismo há pouco mais de um ano, termina o ‘Alves Barbosa’ com o sentimento que “podia ter feito mais”.
“Sinceramente se eu pegasse no papel e tivesse visto a classificação e comparasse com as outras diria que até tinha sido positiva, mas depois do que aconteceu acho que podia ter sido muitíssimo melhor”, referiu José Salgueiro, que na primeira etapa esteve na discussão da corrida e assumiu a Camisola Branca.
Para José Salgueiro “faltou um pouco de tudo” para chegar mais longe, e adiantou que “o mau posicionamento no Prémio de Montanha foi crucial, mas também faltou treino porque com mais treino teria conseguido colocar-me… Essa é uma das coisas que tenho de melhorar para a próxima época”.
Sobre o troféu em si, José Salgueiros referiu que “era um dos objetivos da época, uma prova para a qual trabalhamos imenso e em que queríamos mostrar o nosso melhor”.
NA DISCUSSÃO DA PRIMEIRA ETAPA
O primeiro dia até correu bem… “na primeira etapa o ritmo foi elevado dentro do pelotão e a sete quilómetros do final, quando abrandou durante algum tempo, aproveitei para atacar. Tive a sorte que do outro lado o Iker Sanchez atacou ao mesmo tempo que eu e conseguimos colaborar até ao final da etapa… que foi decidida num sprint milimétrico”.
No segundo dia: “entrei na segunda etapa com a Camisola Branca vestida e alguma vantagem sobre os principais adversários. A cerca de um quilómetro da primeira meta volante houve uma queda que me fez ficar um pouco para trás e entrei no Prémio de Montanha mal posicionado”.
Já no topo da subida “fiquei a cerca de 20 metros do grupo da frente, mas as forças não chegaram… Ao fim de cerca de 10 quilómetros a andar num grupo de cinco elementos e a tentar apanhar a fuga, o pelotão apanhou-nos. A equipa ainda tentou anular a fuga, mas acabamos por não conseguir”.
NO PRIMEIRO ANO DE CADETE
José Salgueiro está no seu primeiro ano de Cadete e sente que as diferenças são muitas: “o ritmo das corridas é muito mais elevado, as provas são mais longas e tem mais gente”.
Que levas deste primeiro ano de Cadetes? “Essencialmente, aprendi a abdicar de algumas coisas para poder andar melhor no Ciclismo e que com treino e dedicação podemos atingir os nossos objetivos”.
Depois de um ano com tantas experiências – Volta a Portugal, Campeonato Nacional, Alves Barbosa – já tens uma ideia do que pretendes para a nova época? “Acima de tudo quero tentar chegar ao meu melhor nível físico e tentar discutir todos as provas. Quero ajudar a equipa a conquistar os seus objetivos”, disse o ciclista de Barcelos.
Afirmando que “quero fazer uma boa época”, José Salgueiro diz-se preparado para os sacrifícios que a modalidade exige: “qualquer ciclista tem de estar pronto para todos os sacrifícios se quer atingir resultados”.
José Salgueiro está no seu segundo ano do Ciclismo federado (começou como Juvenil de segundo ano) e lembra porque optou pela modalidade… “eu já dava, de vez em quando, umas voltas de BTT com o meu pai. Depois fiz algumas provas no Desporto Escolar e decidi dedicar-me ao Ciclismo e experimentar a estrada em 2020, no final da quarentena” e garante que “estou a gostar imenso”.
