Gonçalo Amaral, ciclista de Arnoso, Famalicão que alinha na União Ciclismo da Trofa, não foi feliz naquela que foi a sua estreia na Volta a Portugal de Juniores. O atleta, que está no Ciclismo federado há pouco mais de um ano, caiu na primeira etapa e viu comprometido os objetivos para a competição.
“Para mim a Volta a Portugal foi, por um lado, uma clara desilusão, por causa da queda que tirou-me quaisquer perspetivas de Geral, mas, por outro lado, foi uma Volta de superação”, disse o Gonçalo Amaral, que caiu na primeira etapa e levou oito pontos na perna esquerda.
“CHEQUEI A ESTAR DENTRO DO CARRO COM AS MALAS PARA IR EMBORA…”
O ciclista famalicense lembra que “no primeiro dia cheguei mesmo a estar dentro do carro com as malas para ir embora depois de ter levado os pontos… Se não fosse o meu pai não teria continuado e acabado a Volta…”.
“Depois da queda tornou-se muito difícil para mim estar no pelotão, a minha condição física ficou muito degradada e foi muito sofrimento para acabar as etapas. Consegui acabar, fico feliz com isso e só tenho de agradecer à minha família, aos meus colegas de equipa por todo o incentivo, ao meu treinador por sempre acreditar em mim. A minha equipa e o staff são como uma família para mim”.
O que te levou a continuar e a terminar a Volta? “Aquilo que me leva sempre a dar o máximo em todas as provas, o gosto pelo Ciclismo e por andar por bicicleta, o espírito de sacrifício, a minha família, a minha namorada, a minha equipa…”, disse Gonçalo Amaral.
“O CICLISMO, ÀS VEZES,, PODE SER INJUSTO…”
O que levas desta experiência na Volta a Portugal? “Que o Ciclismo, às vezes, pode ser injusto, mas temos de aprender a lidar com isso e a dar sempre o nosso melhor em cada corrida… e a nunca baixar os braços”.
A Volta a Portugal terminou no domingo, mas Gonçalo Amaral não perdeu tempo e está já a fazer os Caminhos de Santiago… “Já estava planeado, antes da Volta, fazer os Caminhos de Santiago com os meus colegas do grupo de jovens da minha freguesia para fazer uma preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude”, disse o ciclista de Arnoso, que não se assusta com os quilómetros que tem de fazer e o cansaço causado pelo Volta… “nós vamos fazer os Caminhos mais como passeio, vamos fazê-lo em 10 dias para dividir melhor os quilómetros”.
Quanto ao Ciclismo, Gonçalo Amaral não dá a época por terminada: “ainda vou à prova de Paredes e, em princípio, à Pista. Também irei fazer umas provas regionais de BTT”, mas salientou que “o mais importante da época já está feito”.