Vasco Vasconcelos subiu ao pódio na quinta e última prova da Taça de Portugal de Downhill (DHI), que se realizou no fim de semana em Porto de Mós, e garantiu o segundo lugar no ranking na Taça de Portugal.
O ciclista de Esposende foi o terceiro mais rápido a fazer a descida da pista de Porto de Mós, com o tempo de 3:13:019, ficando a quatro segundos do vencedor, o espanhol Rafael Bascón (ITEA Sports).
Com este resultado e apesar de só ter marcado presença em três das cinco provas, Vasco Vasconcelos termina a Taça de Portugal na segunda posição, sendo o melhor português. Rafael Bascón (ITEA Sports) é o vencedor da Taça.
Em destaque em Porto de Mós esteve também Filipe Silva, da Bike House DH Team/Guimarães, que terminou na quinta posição, sendo o terceiro melhor português. Ivo Teixeira, do Grupo Nun´Alvares Cartoon DH T, fez sétimo lugar.
No top20 ficaram ainda José Costa (Bike House) e Pedro Mota (Grupo Nun’Álvares).
VASCO VASCONCELOS: “TINHA COMO OBJETIVO CHEGAR AO PÓDIO… E CONSEGUI”
Vasco Vasconcelos, que regressou este ano ao Downhill depois de uma paragem de quatro anos para se dedicar aos estudos, mostrou-se bastante satisfeito com o resultado final da prova de Porto de Mós.
“Parti com o objetivo de chegar ao pódio e também de tentar ser o português mais rápido o que acabou por acontecer”, começou por afirmar o ciclista de Esposende.
Afirmando que “a pista era muito dura fisicamente e também para a bicicleta”, Vasco Vasconcelos referiu: “por isso não podia estar mais contente com este resultado”.
Já conhecia a pista? “Sim, já tinha ganho lá em 2010, ainda como Cadete… mas a minha última participação nesta prova foi em 2013”.
Este ano a Taça de Portugal de DHI tem contado com a presença de bastantes atletas estrangeiros. Vasco Vasconcelos considera que “o nível global das provas está a subir e isso é vantajoso tanto para nós como para a própria modalidade cá em Portugal, mostra que começa a ser vista lá fora com outros olhos…mas, no entanto, em contraciclo está-se a assistir ao abandono de alguns bons atletas nacionais por falta de apoios e por algumas atitudes que a FPC tem tomado”.
Atitudes que, considera, “prejudicam os ciclistas, mas também o Downhill nacional, uma vez que é deles que vive o desporto”.
“NÃO PODIA ESTAR MAIS CONTENTE COM ESTE RESULTADO”
Com o terceiro lugar conquistado em Porto de Mós, Vasco Vasconcelos garantiu o segundo lugar da Taça de Portugal de DHI, mesmo só tendo feito três das cinco provas…
“Não podia estar mais contente com este resultado na época em que volto a competição depois de ter estado quatro anos ausente. Não participei em todas as provas, Em Tarouca porque ainda estava a recuperar de uma queda que tive no início de dezembro e na qual tive uma lesão em dois dedos das mãos. Em S. Brás de Alportel também não participei porque estou a correr como individual, sem qualquer apoio e sendo a prova no Algarve já não estava a contar a fazer essa prova”.
O ciclista de Esposende considera que “está época foi uma surpresa para mim, foi acontecendo. Comecei por apenas participar na prova da Padela por ser aqui na zona Norte… depois do resultado que consegui, acabei por fazer Boticas e Porto de Mós e termino no segundo lugar da Taça de Portugal”.
Vasco Vasconcelos foi ainda o melhor ciclista português em prova… “Fui o melhor português nas três provas que participei e também na final da Taça e isso é muito bom para mim”.
Isso é sinal de muito trabalho? “Sim, claro que houve treino por trás, mas acima de tudo esse treino foi feito com o foco de tirar o máximo partido de cada descida que faço, que é o que realmente me move, andar de bicicleta…”, disse Vasco Vasconcelos, para quem “o essencial nestas coisas é gosta do que se está a fazer”.
DO XCO PARA O DHI
O que te levou a optar pelo Downhill? “Comecei a competir no Cross-Country, com 13 anos, numa equipa local de Esposende, a CS JUM, mas sempre achei o Downhill aliciante. Assim que cheguei a Cadete, que altura era a categoria que com que podia competir em DH, fiz a transição para o DownHill, também como individual e mais tarde integrei a o GD Fundação Jorge Antunes”.
Pelo meio o ciclista de Esposende viu-se ‘obrigado’ a fazer uma paragem… “Os anos que estive longe das competições foram para dar prioridade aos estudos e à transição para o mundo de trabalho na minha área que é a Engenharia Mecânica”.
Agora o atleta está de regresso, mas confessa que os planos passam mais pela diversão do que pelos resultados… “O grande objetivo é continuar a divertir-me o máximo possível em cima da bicicleta. Em relação a provas ainda não sei como será. Infelizmente, em princípio, não vou participar no Campeonato Nacional, que se realiza em julho porque tenho um compromisso familiar”.
Quanto às provas regionais da ACM… “Não sei se irei a todas as provas do campeonato, mas com certeza que irei fazer algumas”.