“Este título é o culminar do trabalho de um ano e meio. É uma sensação muito boa…” foi assim que Ricardo Santos, treinador do SC Braga, começou por abordar a conquista do título de Campeão Distrital de Sub-16 masculinos de Basquetebol, conseguida esta tarde ao bater o GDAS por 93-81.
O treinador do SC Braga garantiu que “esta equipa merece, é composta por jogadores fabulosos com um enorme coração, espírito de sacrifício e capacidade lutadora. Eles passaram por confinamentos, uma espécie campeonato o ano passado, em que não ouve festa da Final Four”.
Afirmando que “eles voltaram com tudo”, Ricardo Santos referiu que “nesta fase final voltamos a um ‘confinamento’, novamente com treinos online… e com o medo de apanhar o vírus e não conseguirmos estar presentes nesta grande festa. Eles sem dúvida que merecem este título!”.
“JOGO FOI MUITO INTENSO”
Sobre o jogo desta tarde, o treinador do SC Braga afirmou que “foi muito intenso como se estava à espera. Algumas más decisões da nossa parte, permitiu que o GDAS tomasse a liderança em alguns quartos, mas a equipa estava com muita energia o que permitiu continuar com um ritmo alto”.
Ricardo Santos considerou que “jogar um jogo inteiro contra uma defesa zona foi o mais difícil, pois não tivemos tempo para treinar o ataque. Mesmo assim, e de termos cometido algumas falhas, conseguimos ultrapassar com sucesso este jogo e esta adversário”.
Para o treinador dos bracarenses “esta foi mais uma aprendizagem que é extremamente positiva para a próxima fase difícil que vem aí!”.
Quanto ao futuro… “vamos começar a preparar a fase de apuramento para o Campeonato Nacional. O nosso principal objetivo é chegar lá! Ainda não estamos. Já subimos mais um degrau, mas ainda falta uma prova muito difícil”, disse Ricardo Santos.
RODRIGO OLIVEIRA (GDAS): “TEMOS DE TRABALHAR MAIS”
Rodrigo Oliveira, treinador do Grupo Desportivo André Soares, considera que a vitória na final podia ter caído para qualquer dos lados.
“Foi um jogo muito disputado e intenso. Estivemos muito bem em campo e fora dele. Sentimos a energia que nos transmitiram do banco, da bancada… Foi uma tarde incrível”, disse Rodrigo Oliveira, que adiantou que “no jogo tivemos algumas dificuldades em parar certos pontos fortes da outra equipa, mas também nos sentimos muito confiantes em jogar os nossos pontos fortes”.
O que faltou ao GDAS para vencer esta final? “O que faltou?… Sinto que faltou um pouco mais de trabalho. Temos de trabalhar ainda mais para alcançar o nível que queremos, que é o nível do clube que defrontamos hoje”, referiu aquele técnico, que adiantou que “na perspetiva de que temos de trabalhar mais, temos também de conseguir fazer a rotação dos jogadores e que todos acrescentem coisas positivas durante mais tempo”.
O GDAS conseguiu assumir o comando do jogo em alguns quartos, mas logo de seguida quebrava. Foi falta de confiança, cansaço? “Na minha opinião nem falta de confiança, nem cansaço. Foi mais aqueles ajustes técnico-táticos que temos de trabalhar muito mais. De resto, eles estiveram muito bem e discutimos o jogo até ao fim”.
JOSÉ FRANCO MVP: “UM SABOR ESPECIAL”
O GDAS teve o MVP do torneio. O prémio conquistado pelo José Franco é importante? “Tem um sabor especial, mas o nosso foco é sempre o coletivo. Sem o coletivo o MVP não seria o nosso jogador, não teríamos jogadores no cinco ideal”.
O GDAS regressa já esta segunda-feira ao trabalho para preparar a fase nacional… “Sabemos bem o nível das equipas que vamos defrontar na fase nacional e é aí que queremos jogar. Queremos defrontar equipas fortes para ganhar mais experiência e evoluir… tanto os atletas como eu. Já passei por essa fase enquanto jogador, agora é uma nova fase e temos muito que crescer”.
RESULTADOS
Final
SC Braga – GDAS, 93-81
Apuramento de terceiro classificado
Vitória SC – BC Barcelos, 55-96
MVP
José Franco
Cinco Ideal
Pedro Lopes e João Almeida (SC Braga)
José Franco e Enzo Dias (GDAS)
Afonso Anjo (BC Barcelos)
Fotos: Sérgio Sá