Ana Marinho, da Escola de Atletismo Rosa Oliveira, conquistou, no fim de semana, em Felgueiras, o título de Campeã Nacional de Juniores no Campeonato Nacional de Estrada, em Atletismo.
A atleta de Joane, que realizou a marca de 40:09m, superiorizou-se às suas adversárias e deixou a segunda classificada a mais de um minuto de diferença.
“Penso que a prova me correu bastante bem, uma vez que consegui alcançar o lugar mais alto do pódio no meu escalão (Juniores)”, começou por afirmar Ana Marinho sobre o Campeonato Nacional de Estrada.
A atleta de Joane lembra que “parti com o principal foco na qualificação por equipas, uma vez que já é um sonho de alguns anos conquistar um título a nível coletivo. Claro que a nível individual tinha um objetivo comigo mesma, de chegar a uma medalha”.
Quanto te apercebeste que podias ganhar? “Mais o menos por volta dos dois quilómetros vi que seguia em primeiro lugar no meu escalão e com alguma vantagem relativamente à segunda classificada. Então percebi que o primeiro lugar era, algo realmente, possível. A partir dai o meu objetivo foi controlar a vantagem e tentar cortar a meta em primeiro lugar”.
“RESULTADO IMPORTANTE”
Ana Marinho, que se tem destacado ao longo do ano com a conquista de vários resultados de relevo, considera que a vitória é “sem dúvida, um resultado muito importante!”, mas lembra que teve outros resultados marcantes… “penso que o resultado que mais me marcou foi o meu terceiro lugar no Corta-Mato de Desporto Escolar, lugar que me permitiu a qualificação para o Mundial de Desporto Escolar… seria a minha primeira representação em nome do nosso país. No entanto, essa prova não se realizou devido à pandemia que se instalou, entretanto, mas sem dúvida que continuará a ser algo que irei sempre recordar”.
Este tipo de resultados são fruto de muito trabalho? “Sim, sem dúvida. O trabalho e o descanso são das coisas mais importantes. Claro que também é preciso abdicar de várias coisas, mas confesso que como gosto tanto daquilo que faço não considero que seja abdicar, penso que é mais um caso de priorizar aquilo que nos faz feliz”, disse a atleta de Joane.
“VOU CONTINUAR A TRABALHAR, AINDA COM MAIS FORÇA E DETERMINAÇÃO”
Quanto ao futuro próximo, Ana Marinho, que foi Campeã Nacional de Juniores individual e coletivamente, pois a Escola de Atletismo Rosa Oliveira venceu por equipas – garante que “Vou continuar a trabalhar, ainda com mais força e determinação. Preparar esta nova época que vem cheia de desafios e, sem dúvida, que estas medalhas ajudam a alimentar os meus sonhos e as energias”.
Como foste parar ao Atletismo? “É uma história engraçada na verdade… eu comecei a correr sem gostar deste desporto. Aliás quem me levou a iniciar a prática foi a minha mãe e porque eu quando era pequena era uma rapariga assim mais bem constituída, para não dizer gordinha. Isso e o facto de ver a minha mãe a brincar com outros meninos durante os treinos, isso fez-me ter um bocadinho de ciúmes e querer também essa atenção”, disse a atleta de Joane, que hoje não se vê sem o Atletismo…
“Desde que ganhei um Regional de Desporto Escolar, no quinto ano, o ‘bichinho’ despertou e dai em diante comecei a ter mais empenho neste desporto e agora, sem dúvida que não me imagino sem ele. Aliás o meu grande objetivo é tentar conciliar sempre o atletismo e os estudos”.
UM SONHO CHAMADO JOGOS OLÍMPICOS
Se nos estudos, Ana Marinho aguarda pelas colocações para a Universidade para saber o que vai seguir, no Atletismo, a atleta de 17 anos sabe o que pretende…
“Eu gostava de chegar muito longe, a participação nuns Jogos Olímpicos é um sonho! Ainda que algo longínquo, mas o trabalho é feito a longo prazo. Por isso, trabalho todos os dias para daqui a uns anos, quem sabe, alcançar o jogo de ir aos Jogos Olímpicos. Esse seria o meu patamar de sonho”.
SEGUIR OS PASSOS DA MÃE… “SONHO SER AINDA MELHOR PARA A DEIXAR ORGULHOSA”
Ana Marinho tem uma ligação muito forte ao Atletismo. A sua mãe, Rosa Oliveira, é um dos nomes incontornáveis no Atletismo Nacional, com vários títulos conquistados a nível Nacional, da Europa e do Mundo. Interrogada sobre como é ser filha de uma das grandes atletas nacionais, a jovem de 17 anos afirmou que “é bom, porque transmite-me muito conhecimento e é sempre bom ter alguém perto de nós que perceba como funciona este meio”.
“Confesso que nunca pensei muito sobre isso, porque nunca me associam à minha mãe por ter o apelido do meu pai. Por isso, não sinto qualquer tipo de pressão sobre isso. O que é bom, porque o reconhecimento que um dia possa conquistar será independente do sucesso da minha mãe. Tenho muito orgulho nela e oxalá um dia consiga fazer tudo o que ela fez e confesso que sonho ser ainda melhor, para a deixar orgulhosa a ela e a mim”.