Miguel Pereira é o novo treinador principal da equipa de Sub-14 Feminino do SC Braga Basquetebol. A acompanhá-lo, neste novo desafio, vai ter Rita Dantas e Dídia Gomes, atletas da equipa Sénior.
Miguel Pereira, que como jogador de Basquetebol fez a sua formação na Académica de Coimbra, tendo passado por Macau e Açores, vai para o seu terceiro como treinador, tendo chegado ao SC Braga como adjunto dos Sub-12 e o ano passado foi adjunto das Sub-14.
Este ano o desafio é maior e ambicioso. Chegar à ‘Final Four’ é um objetivo, assim como colocar o máximo de atletas possíveis na Seleção da Associação de Basquetebol de Braga. Miguel Pereira diz-se preparado e com muita vontade de começar, até porque, refere, “há muito trabalho pela frente”.
CURIOSIDADE, VONTADE E DESAFIO
Sobre o novo projeto, Miguel Pereira começou por referir que “estou a encarar o desafio com curiosidade porque estamos num período de mudança, não só a nível da secção do Basquetebol do SC Braga, mas também devido ao COVID-19 e quando olhamos para a frente não há certezas”, no entanto: “a mudança tem sempre coisas boas e são essas coisas que vamos procurar”.
“Estou também com muita vontade, pois é uma experiência nova. Já estamos parados há muitos meses e temos muito trabalho pela frente” referiu aquele treinador, que confessa que “é também um desafio, pois as meninas nestas idades e na fase de desenvolvimento intelectual e físico em que se encontram são um desafio estimulante!”.
“A PRINCIPAL META É FORMAR PESSOAS E ATLETAS”
Sobre os objetivos, Miguel Pereira não tem dúvidas: “a principal meta é formar pessoas e atletas, imbuir-lhes o espírito guerreiro, o nunca desistir e o saber perder e levantar a cabeça imediatamente a seguir para regressarem mais fortes. Sabemos que nem todas vão chegar ao topo, mas se estes princípios entrarem, teremos feito o nosso trabalho e elas terão ferramentas sociais para usarem quando entrarem no mercado de trabalho”.
Em termos coletivos: “vencer está sempre no nosso ADN, daí que chegar à ‘Final Four’ distrital tenha de ser um objetivo. Queremos também colocar o maior número de atletas na Seleção da Associação de Basquetebol de Braga, com o objetivo de irem à Albufeira na Páscoa”.
Em termos coletivos: “vencer está sempre no nosso ADN, daí que chegar à ‘Final Four’ distrital tenha de ser um objetivo. Queremos também colocar o maior número de atletas na Seleção da Associação de Basquetebol de Braga, com o objetivo de irem à Albufeira na Páscoa”.
“É UM GRUPO FANTÁSTICO”
Miguel Pereira conhece bem a equipa, pois trabalhou com ela o ano passado, e garante que é um grupo fantástico.
“Conheço o grupo muito bem porque trabalhei com ele o ano passado, no geral é um grupo fantástico, com um espírito de grupo do melhor que tenho visto. O ano anterior foi difícil porque não tínhamos atletas com idade suficiente, elas encararam bem essa dificuldade e souberam acolher todas as novas atletas o que as fez criar este grupo. Uma coisa é garantida, quem vier de novo vai encontrar uma família”.
“O grupo é constituído por sete atletas de segundo ano, sendo que três são mais experientes (Laura Carneiro, Mariana Pereira e Joana Passos), seis de primeiro ano e vamos ainda ter connosco uma atleta Sub-12, a Maria Gomes, que irá jogar quando não tiver jogos do escalão dela. Existe ainda a vontade de recuperar uma atleta que tinha bastante potencial e saiu da modalidade, Lara Faria. E estaremos abertos a receber mais atletas que estejam a iniciar e dispostas a entrar nesta aventura”.
RITA DANTAS E DÍDIA GOMES NA EQUIPA TÉCNICA
Para este novo desafio, Miguel Pereira conta com dois ‘pesos pesados’: “na equipa técnica vão estar duas atletas das seniores: a Rita Dantas, já com o curso de treinadora, e a Dídia Gomes, que vai iniciar agora. Para além de aproveitar todos os conhecimentos que elas têm, quero que sirvam de modelo para as novas atletas, que percebam que, se trabalharem, podem chegar à equipa principal”.
Interrogado sobre o que pode fazer de diferente em relação ao último ano, Miguel Pereira disse, em tom de brincadeira, “dar mais treinos, pois a última época terminou muito cedo!”, e falando mais a sério, lembrou que “o último ano foi muito complicado, tínhamos poucas atletas, todas a iniciar e a chegaram a conta gotas. Temos uma base e vamos trabalhar a partir dessa base. Espera-nos muito trabalho na técnica individual das atletas e algum treino físico. Depois de atingirmos níveis satisfatórios nestas pontes, podemos passar para a parte tática”.
Sendo um escalão ainda com pouco tempo de basquetebol teme que esta longa paragem afaste as meninas da modalidade ou leve a um retrocesso da sua evolução?
“SÓ CONHEÇO UM CAMINHO PARA O SUCESSO: MUITO TRABALHO, MUITO QUERER…”
“O clube tem feito o seu trabalho e desde julho que elas têm tido treinos técnicos, respeitando o distanciamento social. Antes disso elaborei planos individuais para elas treinarem em casa. Foram feitas algumas reuniões em plataformas e há um contacto quase diário num grupo do WhatsApp, em março tinha treze atletas e agora catorze, por isso acabou por correr bem”, disse Miguel Pereira, que adiantou que “relativamente ao retrocesso, claro que vai existir, mas com trabalho e força de vontade elas vão chegar ao nível anterior e superarem-se!”.
Miguel Pereira considera que a pandemia colocou todos os clubes em pé de igualdade no que se refere à evolução das atletas e a maneira de recuperar o tempo perdido é trabalhar…
“Acho que o SC Braga e os outros clubes partem todos do mesmo patamar, a pandemia afetou o desporto em geral, em especial as modalidades de pavilhão, daí estarmos todos em pé de igualdade. Só conheço uma maneira para o sucesso: muito trabalho, muito querer e tentarmos ser melhor cada dia que passa e essa é a genética do SC Braga, esse é o caminho que temos de percorrer!”.