CICLISMO

Flávio Fernandes e a vitória no Prémio ACR Roriz: “ainda hoje consigo sentir os arrepios de felicidade”

Flávio Fernandes, então ciclista da Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact, dominou por completo a corrida de Juniores do 17.º Prémio A. C. R. Roriz, prova que se realizou há exatamente um ano em Roriz, Barcelos.

Flávio Fernandes percorreu isolado cerca de 50 dos 75 quilómetros do percurso da corrida de juniores, cortando a meta isolado com uma vantagem de 1m59s para o segundo classificado, Pedro Leme (Fortunna Maia).

O ciclista da Seissa/KTM-Bikeseven/Matias&Araújo/Frulact venceu ainda as três metas volantes da corrida conhecida no meio velocipédico como a “Roubaix portuguesa” numa alusão à clássica prova francesa.

Flávio Fernandes, que este ano decidiu abandonar o ciclismo para se dedicar aos estudos, lembra com muita alegria e satisfação a corrida de há um ano e as sensações que teve durante todo o percurso…

“LEMBRO-ME A ENORME QUANTIDADE DE PESSOAS A GRITAR O MEU NOME”

“Lembro-me da enorme quantidade de pessoas a gritar o meu nome e dos arrepios de felicidade que isso me provocava. Nunca tinha sentido nada igual”, começou por referir Flávio Fernandes.

A vitória conquistada em Roriz foi a segunda da sua carreira – antes tinha vencido uma das provas da Taça de Portugal de Cadetes – e Flávio Fernandes garante que os gritos de incentivo que recebeu ao longo do percurso foram uma força extra para ganhar.

“Sem dúvida que aqueles gritos de incentivo foram importantes na minha vitória. Com todo aquele apoio vai-se buscar forças aonde não existem”, referiu Flávio Fernandes, que adiantou que “o Prémio ACR Roriz não é uma prova fácil devido a ter várias dificuldades técnicas, como os paralelos e as estradas, onde o pelotão se desfazia em grupos. Por isso, os primeiros quilómetros foram essenciais”.

Depois há a questão das quedas…“esse é um fator que preocupa sempre e, por isso, a importância dos quilómetros iniciais para conseguir formar um grupo reduzido na frente da corrida e assim evitar as quedas do pelotão”.

“O QUE ERA PARA SER UM TENTATIVA PARA FORMAR UM GRUPO REDUZIDO… TORNOU-SE NUMA FUGA ISOLADA”

Flávio Fernandes recorda que “lembro-me que antes da prova o nosso diretor desportivo (César Maciel) frisar bastante a importância do início da corrida” e o que “era para uma tentativa para formar um grupo reduzido na frente, tornou-se numa fuga isolada”.

Quando sentiste que podias ganhar a corrida? “Só senti isso a poucos metros da meta e nem sei explicar a sensação, parece que no meio de tanto cansaço ficamos com as energias todas novamente”.

E vencer em casa acaba por ter outro sabor… “tem, efetivamente, outro sabor, pelo apoio todo das pessoas de Roriz que tiveram na prova… depois passo por lá frequentemente e recordo esse momento”.

Flávio Fernandes garante que “guardo todas as corridas no coração, mas esta tem um lugar especial e vai ficar marcada eternamente”.

“Parece que hoje ainda consigo sentir um pouco do tal arrepio de felicidade que senti na corrida só de pensar naquele dia”, confessa Flávio Fernandes, que acrescentou que “recordar este dia deixa-me alguma nostalgia das corridas e não só pelas vitórias individuais, mas também coletivas que são fruto do empenho e união de todos!”.

“EQUIPA FANTÁSTICA, MUITAS VITÓRIAS…MUITA DIVERSÃO”

Dos muitos anos que esteve ligado ao ciclismo, Flávio Fernandes refere que o último ano de Juniores foi o que mais o marcou… “o que me vai deixar mais saudades é o último ano de Júnior (esse mesmo da vitória em Roriz). Equipa fantástica, muitas vitórias, oportunidades únicas de corridas internacionais e muita diversão!”.

Flávio Fernandes, que ainda se estreou no escalão de Sub-23 ao serviço da JVPerfis – Gondomar Cultural, abandonou, entretanto, o ciclismo, mas salienta: “segui outro rumo, mas levo comigo muitas experiências e aprendizagens que o ciclismo me deu” e continua atento à modalidade, por isso, foi com imensa alegria que viu Daniel Dias brilhar na Prova de Reabertura.

FELIZ POR DANIEL DIAS

“Foi com orgulho que vi um ex-colega, mas acima de tudo amigo a atingir esse resultado logo no primeiro ano de Sub-23. Ele, sem dúvida, que merece, e são bons sinais para as futuras provas em que vou estar a torcer por ele”.

Flávio Fernandes deixou o ciclismo federado para se dedicar a 100 por cento aos estudos e, entretanto, vai experimentando alguns desportos, mas apenas por lazer. “Continuo a praticar ciclismo e num futuro próximo tenciono aprender a fazer surf, entre outras modalidades, mas será sempre com o objetivo de lazer”.

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