Ricardo Machado, ciclista de Vimieiro, Braga, é uma das principais estrelas da equipa Júnior da Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact. Trabalhador, determinado e ambicioso, o ciclista bracarense deu nas vistas nas duas primeiras provas nacionais da época e é já apontado como um dos atletas a ter em atenção no pelotão nacional da categoria.
Ricardo Machado foi um dos grandes protagonistas do arranque do calendário de Juniores. Depois de uma experiência acidentada em Espanha, o ciclista de Braga integrou a fuga do dia no Prémio Cidade de Fafe – Prova de Abertura e fez terceiro lugar no Prémio de Ciclismo de Barroselas. A época prometia, mas o aparecimento da pandemia do Covid-19 levou à suspenção de todas as competições e os treinos passaram a ser feitos em casa, sobretudo, nos rolos.
“TREINOS ESTÃO A CORRER BEM”
Ricardo Machado já regressou, entretanto, aos treinos na estrada e garante que “os treinos estão a correr bem”, adiantando que “a época da quarentena foi complicada por causa de tanto rolo, mas agora já estou a treinar normal e, felizmente, estão a correr bem”.
No regresso à estrada, Ricardo Machado notou a diferença nos primeiros treinos e garante que “nos primeiros treinos foi um bocado duro porque as pernas já estavam habituadas a andar em rolo, mas foi uma sensação maravilhosa poder voltar a fazer o que realmente gosto”.
Ricardo Machado treina maioritariamente sozinho “durante a semana treino sempre sozinho. Ao fim de semana, por vezes, junto-me com alguns colegas de equipa, mas nunca a passar as cinco pessoas por grupo”, até porque “continua a ser necessário ter muitas cautelas. Isto está melhor, mas não queremos que sofra um retrocesso”.
“FOI BASTANTE COMPLICADO”
Como foi passar quase dois meses ‘fechado’ em casa?
“Foi bastante complicado. Cheguei a um ponto em que já não sabia mesmo mais o que fazer para passar o tempo. Nesta altura já não me custa tanto porque já dá para sair. Vou às aulas, tenho os treinos, mas durante o estado e emergência não foi fácil”.
A época estava, praticamente, a arrancar quando surgiu a pandemia do Covid-19. Ricardo Machado participou em três provas, no Circuito do Guadiana, em Dom Benito, Espanha, onde não foi feliz, caiu e teve que ser transportado ao hospital; na Prova de Abertura – Prémio Cidade de Fafe onde protagonizou com mais três ciclista a fuga do dia; e o Prémio de Ciclismo de Barroselas, cortando a meta na terceira posição.
“BALANÇO ERA POSITIVO”
“o balanço era positivo e as minhas expectativas estavam altas porque para além dos resultados sentia-me bem. Estava ‘confortável’ dentro do possível durante as corridas”, referiu Ricardo Machado, que salientou que “estou a trabalhar para quando regressarem as competições estar a um nível idêntico. Claro que não dá para prever como se vou estar ao meu melhor nível, mas estou a trabalhar nesse sentido”.
Quanto ao regresso das competições de ciclismo, Ricardo Machado confessa que “estou com muitas saudades das corridas e é óbvio que fico feliz por perceber que há vontade que se realizem algumas corridas. Estou com muita vontade de competir”.
“QUERO ESTAR BEM NAS PROVAS QUE SE REALIZAREM”
Para o que for possível fazer, o ciclista de Vimieiro tem um desejo: “quero estar bem nas provas que se realizarem” e adiantou que “sempre que possível quero alcançar a vitória ou chegar ao pódio”.
Ricardo Machado tem 17 anos e divide as suas atenções entre os treinos de ciclismo e os estudos: está no 12.º ao na área das Ciências. No arranque da época, e ao trocar de cores, o atleta da Seissa teve a oportunidade de experimentar o Ciclocrosse e a Pista: “foram boas experiências, tenho de agradecer à equipa pela oportunidade”, mas assegura que “a minha paixão e a minha aposta vai para o ciclismo de Estrada. É a vertente em que me sinto bem e em que tenho objetivos”.
De referir que Ricardo Machado, que está há pouco mais de dois anos no ciclismo federado, sonha chegar ao world tour e poder participar nas grandes Voltas e nas Clássicas do calendário velocipédico internacional.