“Faço um balanço muito positivo da Volta. O resultado pode não ter sido o melhor, mas deixei tudo na estrada e consegui ajudar a minha equipa ao máximo. Não deu para fazer mais”, foi assim que Bruno Baptista, da Tensai/Sambiental/Santa Marta, começou por abordar a sua estreia na Volta a Portugal de Juniores.
Bruno Baptista fez a sua primeira Volta a Portugal, depois de ter entrado para o Ciclismo já como Júnior de primeiro ano… “Infelizmente entre no Ciclismo um pouco tarde e sem muita noção de como era. Ainda entrei como Cadete de segundo ano, mas a época competitiva já tinha terminado”.
Na sua estreia na Volta a Portugal de Juniores, o ciclista de Merelim São Paio, Braga, conseguiu terminar a prova que se realizou em quatro dias… “Terminar foi bastante importante para mim. Foi uma prova muito dura e cheguei a ter pensamentos pouco positivos, mas o meu treinador ajudou-me a acreditar em mim próprio e consegui terminar a minha primeira Volta”.
O que foi mais difícil na Volta? “Foi gerir a recuperação etapa após etapa. Como era a minha primeira prova de quatro dias seguidos não sabia bem como o meu corpo iria responder”.
“BALANÇO POSITIVO DA ÉPOCA”
Com a época, praticamente, terminada, que balanço fazes? “Apesar de alguns altos e baixos durante a época, o balanço é bastante positivo comparado com o ano anterior”, disse o ciclista bracarense, que salientou que “tenho pena de não ter entrado para a Tensai mais cedo, pois ajudaram-me em tudo. Só tenho a agradecer-lhes por tudo o que fizeram por mim, principalmente, ao meu treinador Bruno Brito. Sem ele não sei se teria conseguido fazer esta época e evoluído quer como atleta, quer como pessoa”.
De todas as provas em que participaste este ano, qual foi a que gostaste mais? “Felizmente tive algumas corridas que gostei imenso de fazer. Desde logo a Prova de Abertura, em Fafe pois foi a primeira prova que acabei como atleta federado”, disse Bruno Baptista, que adiantou: “a Taça de Portugal que decorreu em Palmeira… pois estava a correr em casa e com a família e amigos a ver”.
RUTA DO ALBARIÑO… “A MINHA PRIMEIRA PROVA POR ETAPAS TERMINADA…”
“Também gostei imenso da Ruta do Albariño, pois foi a minha primeira prova por etapas terminada, e o Circuito de Santa Marta… foi um dia fenomenal em que a equipa correr em casa”, lembra Bruno Baptista, que concluiu: “por último, a Volta a Portugal… nunca imaginei que iria conseguir terminar, mas com muito esforço e dedicação consegui”.
Bruno Baptista referiu ainda que “também houve algumas provas que me marcaram negativamente, como o GP Minho, em que me deixei abalar, não acreditei em mim e não consegui terminar a prova”.
O Circuito da ADRAP também não correu bem: “foi uma corrida em que ia em fuga, mas a faltar, quatro/cinco voltas tive uma queda feia e tive de abandonar”, lembra Bruno Baptista.
Na lista das provas menos positivas estão também “os Campeonatos Nacionais… não acreditei que conseguia andar no meio do pelotão e acabei por não conseguir terminar a prova”.
“FORAM MUITAS SACRIFÍCIOS AOS LONGO DO ANO…”
Foi um ano de luta na estrada e contigo próprio? “Sim bastante foram muitos sacrifícios ao longo do ano… também aprendi a acreditar em mim e a perder o medo de andar no meio do pelotão. Ainda há muito a aprender, mas com o tempo chegamos lá”.
Bruno Baptista entrou para o Ciclismo federado, praticamente, em 2021, mas não sem antes experimentar o Futebol…
“Antes do Ciclismo joguei a bola… eu gosto de Futebol, mas sou uma pessoa reservada e numa equipa de Futebol não me sentia confortável. Depois sempre andei de bicicleta e andava com o meu pai ao fim de semana. Mais tarde começamos a andar num grupo que tinha perto de casa e o bichinho foi crescendo. Aos 13 anos veio a minha bicicleta de estrada e aos 16 comprei uma bicicleta melhor, que é a que uso hoje em dia, e comecei a pensar entrar para uma equipa. Comecei pela ACR Roriz, mas não foi um ano muito bom e acabei por abandonar a equipa no fim do meu primeiro ano de Júnior. Foi quando entrei para a Tensai. Ao princípio ia um pouco em baixo por causa do ano anterior, mas consegui dar a volta por cima com a ajuda deles e foi um ano fantástico”.
“É UM DESPORTO QUE ENVOLVE MUITO SOFRIMENTO E SACRIFÍCIO, MAS…”
Bruno Baptista garante que está no Ciclismo porque “gosto de andar de bicicleta e sempre acompanhei este desporto, é uma coisa fantástica que envolve muito sofrimento e sacrifício da nossa parte, mas quando os resultados são os esperados, ou melhores do que aquilo que nós pensamos, é uma alegria enorme e sentimos o dever cumprido”.
Bruno Baptista, que termina este ano a sua passagem pelos Juniores, garante que “gostava de seguir no Ciclismo, pelo menos por mais um ano. Sei que não será um ano fácil, pois serei Sub-23… vamos ver o que me reserva o futuro”.