“Esta é uma oportunidade para ganhar experiência e evoluir”, foi assim que Miguel Correia, árbitro da Associação de Voleibol de Braga, comentou a sua nomeação para o Torneio WEVZA, onde vai acompanhar a Seleção Nacional de Sub-17 feminina.
O torneio WEVZA realiza-se em Chiusi, Chianciano Terme, em Itália, a partir de amanhã e até domingo e Miguel Correia, árbitro de Amares de Nível 3, foi o escolhido para acompanhar a Seleção Nacional de Sub-17…
“Depois de uma primeira abordagem para verem qual a disponibilidade dos árbitros candidatos a internacionais, a FPV indicou-me e eu recebi essa nomeação com uma enorme alegria e satisfação”, disse Miguel Correia, que salientou que “em termos profissionais é sempre complicado conseguir disponibilidade para poder estar presente nestes momentos, mas com algum esforço lá se resolveu tudo”.
“GANHAR EXPERIÊNCIA E OUTROS CONHECIMENTOS”
Miguel Correia considera que “este é uma oportunidade de ganhar experiência, para ver o que se faz por esse mundo fora e ter outro tipo de experiências. Vou, penso eu, contactar com estruturas mais profissionalizadas do que aquelas que encontrarmos aqui, já com o uso de tablets, etc. Vou lidar com árbitros internacionais… outra realidade”.
Esta é a primeira experiência de Miguel Correia em torneio deste género – esteve nos Universitários há cinco anos – e, por isso, a “ideia é ganhar alguma experiência e outros conhecimentos. Sair da minha zona de conforto e perceber não só daquilo que sou capaz, mas aquilo que os outros vêm em nós”.
Como foi a preparação para este torneio, sabendo que a competição está parada em Portugal há cerca de um mês? “Sendo um árbitro nacional de nível 3 e sabendo a exigência dos jogos e das competições, a preparação tem de ser contínua e feita ao longo da época. O Voleibol de pavilhão está parado, mas nós nunca descuidados a preparação”.
“SINTO-ME CALMO”
Como se sente à partida para este torneio? “Sinto-me calmo… se calhar nos primeiros dias depois da nomeação estava mais agitado, mas agora estou tranquilo. Já tenho alguma experiência, pois participei nos Universitários há cinco anos… foi uma experiência enriquecedora e que me permite agora encarar os desafios com mais tranquilidade”.
“Estou a encarar o torneio como mais uma oportunidade para poder evoluir e aprender… e depois o nível dos jogos não será superior aqueles que encontro na Liga nacional”, disse Miguel Correia.
Questionado sobre se este torneio lhe poderá abrir portas para outros eventos internacionais, Miguel Correia referiu que “sendo um torneio em que terá alguém responsável da CEV a observar-nos, poderá, eventualmente, abrir algumas portas… se aos olhos deles nós tivermos um bom desempenho”.
DE JOGADOR OBSERVADOR A ÁRBITRO NACIONAL
Miguel Correia é árbitro de Nível 3 há cerca de três anos, sendo já candidato a internacional, ele que se iniciou no Voleibol como jogador… “Fui jogador durante muitos anos… Uma das minhas grandes qualidades era ser observador. Depois surgiu a oportunidade de tirar o curso de árbitro e durante alguns anos ainda conciliei as funções de jogador, treinador e árbitro. Quanto subi a nacional, optei por seguir a carreira de árbitro e deixei de jogar”, lembra Miguel Correia, que confessa que “gosto da pressão que os jogos transmitem. Sinto-me confortável com esse tipo de sensações”.
Como jogador, Miguel Correia jogou no AAESAmares – Amares Volei, até o clube suspender a atividade Sénior, passou mais tarde pelo CARTaipense e regressou a Amares.