“Estava na hora de mudar, de sair da minha zona de conforto e ter novas experiências”, foi assim que Pedro Miguel Lopes começou por abordar a sua mudança para a Rádio Popular – Paredes – Boavista em 2022.
Pedro Miguel Lopes, que no próximo ano sobe a Elite, lembra que “depois da Volta a Portugal, a Rádio Popular falou comigo, assim como outras equipas. Analisei as propostas e optei pela Rádio Popular”.
Afirmando que “apresentaram-me uma proposta aliciante”, o ciclista de Guimarães salientou que “a Rádio Popular é uma boa formação, que conta com um lote de bons ciclistas e tem ambições para a época”.
“SÓ TENHO A AGRADECER-LHES TUDO O QUE FIZERAM POR MIM”
Pedro Miguel Lopes deixa assim a Kelly/Simoldes/UDO, clube que representou enquanto Sub-23… “foram quatro anos na Kelly, é uma formação que gostei imenso, ensinaram-me muito e foi lá que consegui alguns dos meus melhores resultados. Só tenho a agradecer-lhes tudo que fizeram por mim”.
Quanto a objetivos, o ciclista de Guimarães garantiu que “ainda não sei bem qual o grande objetivo da equipa. Em breve vamo-nos reunir e definir os objetivos para a equipa” e garantiu que “em primeiro estão sempre os objetivos da equipa e só depois os individuais”.
Pedro Miguel Lopes foi apresentado pela Rádio Popular como um dos “mais promissores ciclistas”, considerando-o “um bom contrarrelogista e rolador e também um bom trepador, condição que lhe permite sonhar em termos da classificação geral individual nas principais provas do nosso calendário, dada a sua polivalência…”. O ciclista de Guimarães mostrou-se “satisfeito com o reconhecimento”, e garantiu que “tudo irei fazer para ajudar a equipa. Agora o que eu vou conseguir fazer depende do meu trabalho, do trabalho e dos objetivos dos meus colegas de equipa. A Rádio Popular tem atletas muito bons e mais experientes do que eu. É uma equipa profissional e terá os objetivos apontados para esses atletas… Eu estarei sempre disponível para ajudar a equipa”.
REGRESSO AOS TREINOS… DEPOIS DA PARAGEM NECESSÁRIA
Pedro Miguel Lopes, que teve um ano bastante preenchido, regressou agora aos treinos de pré-época “este ano fiz uma paragem maior do que é habitual. Foi um ano muito extenso e intenso em termos competitivos e precisei de fazer um ‘reset’ completo. Agora retomei os treinos de preparação já com as ‘baterias recarregadas’ e preparado para a nova época”.
Que balanço fazes do ano 2021? “Foi uma boa época. Com bons resultados e muitas competições. Se calhar podia ter feito mais em algumas provas, mas foi uma época muito preenchida e se calhar acusei algum desgaste… As competições foram muito próximas e desgastantes o que nos impediu de programar da melhor forma a época”.
PRESENÇA NA SELEÇÃO NACIONAL
Para além das provas ao serviço da Kelly/Simoldes/UDO, Pedro Miguel Lopes esteve ainda em algumas provas ao serviço da Seleção Nacional… “foi uma boa época também nesse aspeto. Agradeço imenso a aposta que fizeram em mim, aprendi imenso. O Ciclismo a nível de Seleções é muito diferente do nosso. Estas experiências enriqueceram-me bastante, ganhei novos conhecimentos e, com certeza, que num futuro próximo poderei fazer melhor”, pois “as primeiras corridas são sempre as mais complicadas, penso que, se voltar a ser chamado à Seleção, as coisas correrão de forma diferente. Poderei fazer mais e melhor”.
Quais foram as provas que mais gostaste de fazer este ano? “Com a equipa foi, sem dúvida, a Volta a Portugal. Usufrui imenso de início ao fim. Foi muito positivo. A nível da Seleção gostei imenso de participar nos Campeonatos do Mundo, é um ambiente diferente do que estou habituado”.
Pedro Miguel Lopes dedica-se “de corpo e alma” ao Ciclismo, mas continua a ter como ambição “terminar a licenciatura” em Biologia-Geologia, na Universidade do Minho. O ciclista vimaranense confessa que “nem sempre é fácil conciliar as duas coisas, mas o meu objetivo de terminar o curso é grande” e depois “dá-me muito gosto de estudar”.