“Ficaríamos felizes se atingíssemos o quinto lugar que dá acesso ao Nacional” é desta forma que Carlos Martins e a equipa de Juniores do FC ‘Os Académicos’ está a encarar o que falta disputar do Campeonato Inter-Regional de Juniores A da Associação de Voleibol de Braga.
O FC ‘Os Académicos’ estreou-se este ano na competição e depois de uma primeira fase em que terminou na terceira posição, atrás de SC Braga e VC Viana, disputa agora a Série 2 e ocupa a segunda posição, com três vitórias em quatro jogos.
“Vamos agora jogar com o primeiro classificado e temos noção das dificuldades que nos espera. Em todo o caso, poderemos e temos a certeza de que poderemos surpreender pela positiva, pois estamos, semanalmente, a trabalhar nesse sentido”.
Afirmando que “no momento os nossos objetivos passam por aprender, pela diversão, reforçar e aplicar as aprendizagens e entusiasticamente procurar a vitória em todos os jogos que disputarmos”, Carlos Martins salienta que “ficaríamos felizes se atingíssemos o quinto lugar que dá acesso ao Nacional. Temos noção que existem outras equipas com mais tempo (anos) de preparação e objetivos mais arrojados, mas a oportunidade está à espreita e se a conseguirmos segurar, tudo faremos para a conquistar”.
O treinador do FC ‘Os Académicos’ sente que nesta segunda fase “temos vindo a apresentar, ainda que com alguns altos e baixos, maior consistência defensiva e ofensiva. A equipa tem-se apresentado mais coesa, assertiva e ponderada e a melhoria do nível individual e coletivo tem-se vindo a verificar, quer na organização defensiva, assim como ofensiva”.
“No momento, o nosso sistema de jogo está mais maduro e isso também trouxe a almejada confiança e a tranquilidade desejada”, disse Carlos Martins, para quem “os resultados espelham o trabalho desenvolvido, mas temos de continuar a trabalhar muito para nos superiorizarmos aos adversários, uma vez que todos eles evidenciam um nível de competitividade similar”.
Qual tem sido a maior dificuldade? “Atendendo que estas atletas apenas têm um ano como federadas (só iniciaram a sua jornada em fevereiro do ano desportivo transato), foi a adaptação ao ritmo competitivo. O volume de treinos e jogos aumentou 100 por cento e a falta de ritmo competitivo traduz-se no medo de errar, ansiedade pré-competitiva e dificuldades de interiorização dos modelos de jogo e a organização inerente aos mesmos” disse Carlos Martins, que explica que “o tempo não se compra e a falta dele no currículo, obriga-nos a ser mais disciplinados, mais focados e a correr em busca do tempo perdido, procurando catalisar o processo de treino e a competitividade que o campeonato exige”.
Qual o ponto positivo que mais destaca? “A resposta que as atletas têm vindo a dar em todo o processo. O empenho, dedicação, entusiasmo e companheirismo, aliados a uma resiliência e persistência encorajadora”.
Carlos Martins refere que “não é fácil começar mais tarde, correr atrás do prejuízo e, mesmo assim, acreditar que se aprende em qualquer idade e com trabalho também se vence… E que aprendemos nas vitórias e sobretudo nas derrotas, sem nunca desistir de chegar mais longe…”.