VOLEIBOL

Nuno Teixeira e o Europeu Universitário: “foi uma experiência extraordinária”

“Foi uma experiência extraordinária”, foi assim que Nuno Teixeira, árbitro da Associação de Voleibol de Braga, comentou a sua participação no Campeonato da Europa de Voleibol Universitário, que decorreu em Braga na última semana.

Nuno Teixeira, que já tinha marcado presença na edição de 2018, que se realizou em Coimbra, confessa que “este teve um sabor especial porque foi na nossa região, na área da AV Braga, e foi exclusivamente dedicada ao Voleibol”.

O árbitro de Famalicão referiu que “a organização superou todas as expetativas, em qualidade de jogo, convívio e respeito pelo que é o Voleibol e o Desporto. Foi uma experiência muito boa e positiva”.

Nuno Teixeira destacou ainda “a excelente competição, jogos de muito boa qualidade e uma enorme massa de voluntariados, entre outros, de jovens árbitros da AVB. Fazendo eu parte do Desporto Escolar e sendo responsável pelo plano de formação de jovens árbitros consegui que alguns dos meus alunos participassem neste evento. Foi uma experiência fantástica para eles, que irão recordar este momento para o resto da sua vida e, com certeza, vão querer repetir”.

Para o árbitro da AVB este “foi o culminar de uma época que correu bem. Uma competição exigente, de grande responsabilidade, mas que proporcionou um ambiente diferente, de maior convívio e descontração até pelos comportamentos dos atletas, mais corretos pois estamos a falar de um desporto universitário com a presença de vários países que se reúnem e convivem tendo como pano de fundo a competição”.

“BALANÇO POSITIVO”

Esta foi a última competição da época para Nuno Teixeira, que este ano esteve em muitos pontos altos da época, quer em provas nacionais, quer internacionais… Que balanço faz da época?

“O balanço é super positivo”, disse Nuno Teixeira, que adiantou que “nós somos eternos insatisfeito, se temos um jogo exigente e desafiante, queremos dois ou três… É verdade que estive em jogos decisivos, tanto a nível nacional, com a presença nos Play-Offs, como em jogos internacionais, como foi o caso do segundo jogo da meia-final da Taça CEV. Isto é. Realmente, muito bom, mas nós, seres humanos, queremos sempre mais e eu desejo ter mais jogos destes na próxima época. Este é o caminho que quero seguir”.

Com é conciliar o Voleibol com a profissão de professor? “Tudo envolve sacrifico, muita organização, perder alguns momentos com a família e muita compreensão dos que nos são mais queridos”, disse Nuno Teixeira, que adiantou que “felizmente, sendo professor e com o estatuto de alto rendimento, posso justificar as ausências, mas também não quero que a escola e os meus alunos saiam prejudicados e, por isso, tento antecipar aulas, repor aulas. Tudo depende sempre de uma grande organização e planificação. No meio disto tudo quem sai mais prejudicado é mesmo a família”.

Estando já num patamar elevado da Arbitragem, o que ambiciona para o próximo ano? “É verdade que estou já num patamar elevado, mas gostaria de estar ainda mais acima. Como disse somos eternos insatisfeito e tem de ser assim…”, referiu o árbitro da Associação de Voleibol de Braga.

Nuno Teixeira referiu que “cheguei a um nível em que não basta ser competente. É preciso ter alguma sorte. É preciso que estejam pessoas a assistir aos jogos que fazemos e em que estamos, realmente, bem. Não adianta fazer um excelente jogo, se ninguém estiver lá ninguém a observar-nos porque só assim temos a hipótese de ter desafios maiores, desafios que nos fazem crescer ainda mais “.

Afirmando que “gostaria de estar num patamar mais acima”, Nuno Teixeira reconheceu que “não me posso queixar, pois estive presente em vários momentos altos da época”.

Qual foi o jogo que lhe deu mais prazer fazer este ano? “Foi sem dúvida o segundo jogo da meia-final da Taça CEV, que se realizou em Piacenza, em Itália. Quem ganhasse seguia para a final. Foi um ambiente fantástico, repleto de tensão e uma enorme pressão também. Tivemos de ir ao Golden Set. Foi um jogo extremamente competitivo, o jogo durou mais de duas horas e meia, mas foi o jogo que mais gozo me deu fazer”.

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