“Seguimos sólidos e confiantes no nosso projeto”, foi assim que Jorge Henriques, treinador da equipa Sénior do Maria da Fonte, abordou o arranque da época no Campeonato Nacional da II Divisão feminina de Basquetebol.
O Maria da Fonte, que está no seu segundo ano com a equipa Sénior, ocupa o meio da tabela com duas vitórias em cinco jogos.
Jorge Henriques considera que a equipa “está a trabalhar bem” e sobre o campeonato referiu que “entramos bem na época, a confiança foi crescendo de jogo para jogo. Agora estamos a entrar numa fase de maior desacerto na finalização… Mas elas têm noção que é apenas uma fase e que com trabalho e empenho irá passar rapidamente”.
“O NOSSO PROJETO É COM A NOSSA FORMAÇÃO”
Este tem sido um campeonato mais difícil e com mais responsabilidades que o ano passado? “Não vemos as coisas por esse lado. É verdade que há equipas que se reforçaram e com isso tornaram esta série mais competitiva, mas nós seguimos sólidos e confiantes no nosso projeto”, disse Jorge Henriques, que adiantou que “o nosso projeto é com a nossa formação e não nos desviamos do nosso caminho. Mais responsabilidade? Não. Estamos apenas a fazer o nosso segundo ano de Seniores e continuamos a ter uma equipa extremamente jovem, mas com muita margem de progressão. Temos uma equipa onde a média de idade ronda os 20 anos. Certamente a equipa mais jovem de toda a II Divisão Nacional… Temos noção de que estamos a jogar com equipas com atletas mais experientes, algumas com trajetos em divisões superiores, mas isso não será nunca motivo para nos fazer desviar do nosso projeto, nem iremos entrar por caminhos sinuosos e que nos possam comprometer o futuro”.
“ATLETAS ESTÃO TOTALMENTE ENVOLVIDAS E COMPROMETIDAS COM O PROJETO”
Sente que as atletas continuam focadas no projeto e em evoluir? “Sem qualquer dúvida. Elas têm perfeita noção do projeto em que estão inseridas e estão totalmente comprometidas”, afirmou Jorge Henriques, que explicou: “é muito fácil perceber isso: várias foram as nossas atletas que receberam convites, alguns dos quais muito tentadores, e quantas saíram? Nenhuma. Essa é a prova de que as atletas concordam com o nosso projeto e estão totalmente envolvidas e comprometidas com o mesmo. Têm vários anos de experiência ao nível da formação e sabem que esta é uma nova fase de aprendizagem. A evolução faz-se pacientemente e cumprindo todas as suas etapas e elas sabem, estão preparadas e focadas no seu processo evolutivo, bem como da equipa”.
É essa união que distingue o projeto do Maria da Fonte? “Talvez. Não estou muito por dentro dos projetos dos outros clubes. Daí não poder fazer qualquer comparação, até porque há projetos que mudam de ano para ano… o que não acontece connosco. Agora sei que há uma união enorme dentro do nosso clube e que a envolvência entre todos os escalões é algo de extraordinário e que me orgulha imenso”.
“ANTES DE GANHAR, QUEREMOS FORMAR…”
A equipa Sénior do Maria da Fonte só volta a competir agora a quatro de dezembro, mas nem por isso o grupo vai estar parado, pois uma boa parte das atletas fazem parte das Sub-18, que disputam o Campeonato Distrital da ABB. Jorge Henriques refere que “queremos que as Sub-18 tenham experiência em Sénior. Temos noção do desgaste físico a que estão sujeitas. Daí haver algumas oscilações que sabíamos que poderiam acontecer e assumimos o risco, porque o que queremos é que elas adquiram experiência. Antes de ganhar, queremos formar… Este é o nosso foco e o nosso propósito”.
A diferença entre a competição das Seniores e das Sub-18 é ainda muito grande? “Sim. Há uma diferença enorme. A todos os níveis. Não só competitivos, mas também na organização dos jogos e responsabilidades de todos os intervenientes. Continuamos no nosso distrito, ao nível da Formação, no desenrasque e na falta de criterizacao em tudo o que envolve o jogo… Mas não me quero alongar mais neste assunto, basta estarem atentos e percebem bem ao que me refiro e ao que está a acontecer”.