Miguel Rocha, guarda-redes formado no Riba d’Ave, vai reforçar o Candelária SC, formação que está apostado no regresso ao Campeonato Nacional da I Divisão de Hóquei em patins.
O guarda-redes, que se estreou na equipa Sénior do Riba d’Ave com 17 anos (e logo num jogo com o FC Porto), abraça agora um novo projeto com o objetivo claro de “evoluir, crescer na modalidade e aprender coisas novas. Sair do meu ‘habitat’ natural e experimentar outras coisas nesta modalidade que tanto gosto”.
Afirmando que “não estava nada a contar com esta proposta”, Miguel Rocha referiu que “este ano joguei muito pouco e, por isso, não estava a contar com uma oportunidade destas”, mas “ainda bem que surgiu porque me permite seguir o meu sonho, que é ser profissional de Hóquei em Patins… e consegui-lo aos 18 anos é muito positivo”.
O acordo com o Candelária acabou por ser fácil, lembra Miguel Rocha: “fui contacto pelo treinador e administrador do Candelária. Apresentou-me a proposta, falamos durante algum tempo sobre o que pretendem de mim e o que me podem oferecer em termos de evolução na modalidade. Chegamos a acordo e acredito que vai ser uma enorme experiência e que vou crescer imenso como guarda-redes”.
“ESTOU MUITO MOTIVADO… VOU FAZER O QUE GOSTO”
Miguel Rocha diz-se motivado com o novo projeto: “estou muito motivado, vou fazer o que gosto… qualquer atleta quando começa a praticar uma modalidade sonha sempre em chegar a profissional e conseguir isso aos 18 anos é muito, muito bom. É uma oportunidade bastante boa e que eu pretendo agarrar com todas as minhas forças”.
Não há algum receio porque Candelária não fica propriamente aqui ao lado? “Efetivamente Candelária fica bem longe de tudo o que eu conheço, da minha terra, da minha família e amigos. Claro que há sempre algum nervosismo, algum medo, mas acho que me vou integrar bem”.
Para esta aventura, Miguel Rocha conta com a companhia e o apoio do irmão Pedro Rocha, que também segue de Riba d’Ave para o Candelária… “é sempre bom ter alguém que conhecemos por perto… No meu caso, vou ter o meu irmão e vamo-nos apoiar um ao outro. Ele vai ser uma ajuda importante nos momentos menos bons que possa ter durante a época. Será sempre uma voz amiga para falar e pedir a opinião sobre algum assunto”.
“QUERO MOSTRAR-ME ENQUANTO GUARDA-REDES”
Quais os teus objetivos para esta nova aventura? “Os meus objetivos pessoais passam por dar o meu melhor, tentar mostrar o que sou enquanto guarda-redes. Quero mostrar-me ao Hóquei em Patins e ajudar a equipa ao máximo”, disse o atleta de Riba d’Ave.
Quanto aos objetivos da equipa… “é a subida de divisão e todos juntos vamos lutar para que isso se torne uma realidade”.
O facto do Candelária já ter feito história na I Divisão pesou na tua decisão? “Isso também ajudou. O Candelária foi já um clube grande na I Divisão, apesar de hoje não estar lá, mas vamos trabalhar para o colocar na I Divisão e porque não chegar ainda mais longe. Ir para um clube que já foi considerado um grande é motivo de orgulho e é algo que me motiva a trabalhar e a ser cada dia melhor para corresponder às expetativas”.
“CUSTA MUITO DEIXAR O RIBA D’AVE”
Como foi a despedida do Riba d’Ave? “Custou-me muito. Não foi a despedida que estava à espera porque a proposta surgiu já numa fase tardia, mas custa imenso deixar o Riba d’Ave. Fiz toda a minha formação lá, fiz amigos no clube, entre os atletas, treinadores e adeptos. É um clube que me diz imenso e pretendo um dia voltar”, referiu Miguel Rocha.
O guarda-redes famalicense afirma que “saio para tentar melhorar um pouco daquilo que sou como atleta. Para crescermos e evoluirmos é preciso jogar, treinar só não chega. Precisava de oportunidades e vou à procura disso, quero mostrar o guarda-redes que sou”.