
António Rocha, atual representante da classe de treinadores da Associação de Natação Minho, volta a candidatar-se nas próximas eleições para Delegados da Assembleia Geral da AN Minho, que se realizam na próxima sexta-feira, dia 15.
O treinador do SC Braga encara a sua candidatura com grande responsabilidade e escusa tomar partido quanto às listas candidatas às eleições da AN Minho.
AUSCULTAR PARA DECIDIR
“Só assim pode ser. Estaria a ser irresponsável e a defraudar completamente todos os meus colegas de classe, assumindo à partida ser apoiante desta ou daquela candidatura aos órgãos sociais da AN Minho, sem ter conhecimento de todas as listas que, possivelmente serão apresentadas como candidatas. O meu compromisso, sempre foi e sempre será, o de auscultar todas as possíveis candidaturas aos órgãos sociais da AN Minho e, eventualmente se for eleito, votar tendo em conta aquilo que são os interesses da classe de treinadores e, naturalmente, o melhor para a AN Minho.”
Relativamente às candidaturas já validadas para as eleições de Delegados, acrescenta que conhece e vê “com bons olhos” os nomes que se apresentam… “Na categoria de praticantes, Ana Pinho Rodrigues é, sem sombra de dúvida, uma atleta com muita experiência e pergaminhos no mundo da Natação. Parece-me um nome capaz de defender os interesses, talvez da classe mais importante da Natação, ou seja, os atletas”.
Em relação aos árbitros/juízes, Catarina Reis Silva, “é também uma ‘lufada de ar fresco’ nesta categoria, não só por ser alguém jovem e com muita vontade de trabalhar em prol da arbitragem, mas também, alguém que já tem um historial enorme na Natação, tanto como nadadora, como no percurso que tem trilhado na arbitragem Regional e Nacional. Efetivamente, até a candidatura do meu ‘oponente’, Ricardo Vitoriano, vejo como algo salutar. De todo, querer ser representante de alguém que não se revê no que eu defendo, não partilhando de ideais e valores que eu sempre fiz questão que estivessem presentes na Natação”.
VÁRIAS CANDIDATURAS… “PARECE-ME QUE É DESSA FORMA QUE AS INSTITUIÇÕES EVOLUEM E CONSEGUEM ATINGIR PATAMARES DE EXCELÊNCIA”
O que pensa da existência de várias candidaturas aos órgãos sociais da AN Minho? “Parece-me que é dessa forma que as instituições evoluem e conseguem atingir patamares de excelência. Estas eleições, por si só, já obrigarão à mudança das pessoas que encabeçam a AN Minho, uma vez que o atual presidente atingiu o número máximo de mandatos possíveis. Ou seja, respeitando e agradecendo sempre tudo o que no passado foi construído, estando à vista a franca evolução da AN Minho nos últimos anos, não só em termos de competitividade nacional, mas também enquanto organizadora de um calendário de provas cada vez mais diversificado e exigente, a mudança vai ser uma realidade. Agora, como em todas as mudanças, podemos mudar para melhor ou para pior”.
Qual a sua opinião sobre os possíveis candidatos aos órgãos sociais da AN Minho? “Conheço muito bem as pessoas que encabeçam as possíveis listas apresentadas até à data. Aliás, parece-me que é isso o esperado de um delegado que representa uma classe, e que votará em nome dessa classe. Por um lado temos o Orlando Novo, uma pessoa com uma basta experiência no que à gestão institucional diz respeito, uma vez que já foi presidente de um clube de Natação, ponderado e capaz de dialogar com todos os intervenientes do quotidiano do mundo da Natação. Com quem efetivamente já tive oportunidade de conversar várias vezes, sabendo aquilo que pretende para a AN Minho. Por outro lado, o André Ferreira, com quem trabalhei alguns anos no SC Braga, conhecendo de muito perto a forma de trabalhar e as suas ideias para a Natação da AN Minho. Na minha opinião, se tivesse que resumir as duas candidaturas, parece-me que a primeira procura respeitar o passado e construir o futuro em cima disso e a segunda quer trazer uma ruptura com o passado, implementando aquilo que são as suas ideias. No entanto, mais candidatos poderão aparecer, e como já referi, mais importante do que vir para a praça pública apoiar este ou aquele, enquanto candidato a delegado dos treinadores, o meu compromisso é ouvir todos e decidir em consonância com aquilo que são os interesses da minha classe e da AN Minho em geral”.
“NÃO PARTILHO DE UTOPIAS E IDEIAS MEGALÓMANAS”
O que é importante implementar na AN Minho nos próximos anos? “Em relação a essa questão, começar por dizer que não partilho de utopias e ideias megalómanas. Sou muito realista. Conheço muito bem a nossa associação e sei do que é capaz de implementar, e, mais importante do que isso, suportar. Suportar, no sentido de ser uma associação sustentável, capaz de fazer a diferença sem hipotecar o futuro. Por vezes, quando muito queremos fazer, acabamos por nada fazer e destruir o já está feito. Por isso, na minha perspetiva, aliás, várias vezes levei este assunto para as assembleias da AN Minho, começar por reestruturar o calendário competitivo Regional, reativando algumas competições que, não por opção, deixaram de se realizar, e que podem ser reativadas em moldes ligeiramente diferentes e mais apetecíveis. Efetivamente, a nova direção, no que a este ponto diz respeito, deverá estabelecer novas sinergias no sentido de conseguir realizar algumas competições em piscina de 50 metros. Aumentar o número de competições em que participa em formato de ‘Seleção Regional’. Procurar aumentar, através da dinamização de palestras nos clubes filiados, o número efetivo de árbitros nas suas ‘trincheiras’. Temos de tornar a AN Minho ainda mais ‘apetecível’ se queremos que outros façam parte dela, e não, ‘obrigar’ a que se juntem a nós, podendo com isso até prejudicar os que já cá estão”.
O que tem a dizer sobres as eleições de dia 15 de Novembro? “Principalmente apelar a que todos votem. Se queremos ser ouvidos, devemos exercer o nosso direito e votar em quem queremos que nos faça ouvir”.