“O estágio correu muito bem e foi muito produtivo”, foi assim que João Chaves, Selecionador Nacional de 3×3 de Basquetebol, abordou o estágio da Seleção Nacional de Sub-17 masculinos, que decorreu em Braga no fim de semana.
João Chaves salientou que “encontramos em Braga condições excecionais, em que tudo está perto e a Câmara Municipal também dá uma ajuda muito grande”.
Quanto aos trabalhos lembrou que “no 3×3 é importante a questão concentração. Por ser uma vertente mais física temos de estar preparados mentalmente para sofrer um pouco mais”.
“ATLETAS PREPARADOS… E COM VONTADE DE PARTICIPAR”
João Chaves sentiu “os atletas preparados” e adiantou que “aproveitamos também para lhes passar algumas regras que são específicas do 3×3 e receberam tudo muito bem, a intensidade dos treinos foi muito boa e notei-os com vontade de participar e esta é uma oportunidade de jogar um Europeu”.
Filipe Dionísio (SC Braga), um dos atletas que compõe o grupo de oito que estão a preparar o Europeu de Sub-17, chegou a ser chamado aos trabalhos da Seleção Sénior e João Chaves referiu que “foi um atleta que convidamos para participar no estágio da equipa Sénior. É uma forma de mostrar a estes miúdos mais novos que é nosso interesse que eles evoluam e possam chegar à Seleção A” e adiantou: “O Filipe é de Braga, o estágio decorreu em Braga, e aproveitamos para o ter a trabalhar com a equipa Sénior e promover o 3×3 na zona, mostrar aos jovens que para além do 5×5 têm a vertente de 3×3 e podem almejar chegar à Seleção Nacional”.
“A VERTENTE 3X3 É UMA APOSTA CLARA”
Como tem sido a evolução do 3×3 em Portugal? “A pandemia veio estragar a evolução do que estava a ser feito, mas aquilo que se pretende é que o 3×3, numa primeira fase, seja um complemento ao Basquetebol 5×5, mais vocacionado para a altura do verão. Permitir aos atletas do 5×5 poder participar nestes torneios e isso evita que estejam tanto tempo parados, sem treinar”.
Afirmando que “a vertente de 3×3 é uma aposta clara”, João Chaves considera que “é uma vertente que se enquadra bem no carácter do jogador português e com trabalho podemos ter no futuro jogadores no Circuito Mundial. Lá fora já há equipas profissionais de 3×3, que competem quase todo o ano. É uma modalidade que começou com ex-atleta de Basquetebol e que evoluiu para a profissionalização”.
“É verdade que em Portugal ainda não chegamos a esse ponto, mas pode ser até uma opção para atletas que não tendo grande sucesso no 5×5, acabam por dedicar-se ao 3×3 e até com melhores resultados”.
MAIS INTENSO, MAIS RÁPIDO E MAIS FÍSICO
João Chaves salientou que 3×3 é uma vertente mais dura… “Primeiro joga-se com uma intensidade muito superior, em 10 minutos têm tantas posses bolas como num jogo de 40m. É mais rápido, os jogadores estão sempre a atacar ou a defender e não há momento de desligar. Torna-se mais cansativo. A fisicalidade é maior, o que endurece mais o jogo, mas é também mais atrativo, para quem não acompanha tanto esta modalidade”.
NOVO ESTÁGIO E TORNEIO EM VENDAS NOVAS
A Seleção Nacional volta a reunir-se para um segundo estágio de preparação já na próxima sexta-feira, que se realiza em Vendas Novas, e conta com o mesmo grupo dos oitos atletas. No sábado a Seleção, com duas equipas, vai participar na etapa de 3×3 do Circuito Nacional.
Segue-se um novo estágio (de 11 a 13 de setembro) e a equipa concentra-se em Lisboas dias antes do FIBA 3×3 U17, que se realiza de 17 e 19 de setembro, na Praça do Comércio, em Lisboa.
De referir que para o último estágio vão ser convocados seis atletas, apesar de só quatro poderem participar no Europeu.