Beatriz Pereira, ciclista de Famalicão que alinha no Bairrada, é uma das mais fortes candidatas ao título de Campeã Nacional de Juniores no Campeonato Nacional de Contrarrelógio, que se realiza este sábado em Sernancelhe, em Viseu.
Beatriz Pereira, que em junho se sagrou Campeã Nacional de Fundo, e em julho confirmou o pódio na Taça de Portugal, tem agora um novo desafio e garante que “tenho como objetivo um pódio no ‘Nacional’ de CR”.
Afirmando que “não vai ser fácil”, Beatriz Pereira salientou que “num Contrarrelógio tudo é possível. Por um segundo se ganha e por um segundo se perder. Depende de como estiver no dia, certo é vou dar o meu melhor…”.
A ciclista famalicense considera que “o percurso é pouco técnico, mas duro. Todo o percurso é feito numa altitude considerável, o que torna o esforço do CR ainda maior”.
Beatriz Pereira garante que “sinto-me bem fisicamente. Psicologicamente estou entusiasmada com todas as corridas que por aí vêm”.
O Contrarrelógio é uma vertente em que te sentes confortável? “Não. É uma vertente onde tenho muito para aprender. Mas só fazendo mais Contrarrelógios aprenderei”.
De resto: “tenho a ambição de fazer corridas de vários dias no futuro e, muitas vezes, nessas corridas há etapas de Contrarrelógios. Por isso, não tenho outra opção se não treinar e melhorar os CR…se bem que é uma vertente muito dolorosa”.
BEATRIZ PEREIRA CONVOCADA PARA A SELEÇÃO NACIONAL
Beatriz Pereira é uma das atletas escolhidas por Ana Rita Vigário para representar a Seleção Nacional naquela que é a sua primeira participação numa corrida do Circuito Mundial de Estrada para Juniores Femininos.
A Seleção Nacional vai participar nos dias 28 e 29 em Bizkaikoloreak, no País Basco, na prova da Taça das Nações de Juniores Femininas.
“Já sabíamos desta corrida desde o início da época. Será uma corrida bastante dura, no segundo dia teremos três Prémios de Montanha… Mas trabalhamos para estar bem nesta fase da temporada e tem tudo para correr bem, apesar de ser uma corrida com bastante nível”, disse a ciclista famalicense.
É a primeira vez que Portugal entra numa prova feminina da Taça das Nações isso dá uma responsabilidade maior? “Talvez, mas acho que as corridas não devem ser vistas como uma responsabilidade. Eu confio no trabalho desenvolvido até agora e também confio na selecionadora. Se fui escolhida é para ir à corrida fazer o que faço sempre, dar o meu melhor, tentar chegar o mais à frente possível e me divertir”, referiu Beatriz Pereira, que adiantou que “ver as corridas como uma responsabilidade não traz nada de positivo para o resultado. E como tal, tento evitá-la”.
VOLTA A PORTUGAL EM SETEMBRO
No início de setembro realiza-se a I Volta a Portugal Feminina. A ciclista famalicense salienta que “para ser honesta, tento ao máximo não pensar na Volta. Ainda faltam alguns dias e alguns quilómetros… mas, principalmente, porque há corridas antes. Eu gosto de pensar numa coisa de cada vez”.
De qualquer das formas: “vai ser uma corrida bastante dura e difícil. É óbvio que gostaria de conquistar um bom resultado, mas é tudo uma incógnita. Nunca fiz uma corrida de quatro dias, nunca fiz uma etapa com mais de 90km, nunca fiz uma volta com um Contrarrelógio pelo meio. Como já deu para perceber, são bastantes estreias e, por isso, quero manter os pés na terra e focar-me nas corridas mais próximas”.