O SC Braga recebeu este domingo, no Pavilhão de Gualtar, os troféus de Campeão Regional da Associação de Voleibol de Braga nas categorias de Juniores A, Juvenis e Cadetes referentes à época 2019/20.
A entrega das Taças de Campeão Regional e das respetivas medalhas às atletas tinha sido adiada devido à pandemia, mas ontem Mário Azevedo, presidente da Associação de Voleibol de Braga, conseguiu homenagear clube e atletas…
“Esta entrega de troféus marca o retorno a uma normalidade de outros tempos… hoje já conseguimos fazer algumas coisas. O facto de entregar hoje os troféus referentes à época passada serve para premiar as atletas pelo que fizeram. Não houve possibilidade de entregar os troféus na devida altura, mas para nossa satisfação conseguimos fazer agora a entrega e recordar alguns momentos passados”, começou por afirmar Mário Azevedo, que referiu que “nós fazíamos estas cerimónias e se calhar nem lhe dávamos o valor devido. Hoje, e apesar de já ter passado tanto tempo da conquista das atletas e dos clubes, percebemos que estas pequenas coisas têm um valor tremendo”.
MÁRIO AZEVEDO: “O IMPORTANTE É PODERMOS PREMIAR O CLUBE AS ATLETAS”
Para Mário Azevedo era importante fazer este reconhecimento “é triste para nós só fazermos esta cerimónia mais de um ano depois…a época passada foi bastante reduzida e atípica. O importante é podermos fazer esta entrega e premiar o clube e as respetivas atletas. Claro que sabemos que as equipas sofreram alterações, mas cabe agora aos clubes entregar as medalhas às devidas atletas”.
MUITAS IDEIAS…MAS AINDA MUITAS LIMITAÇÕES
Quanto ao futuro, o presidente da AVB garante que “temos muitas ideias e projetos para levar em frente”, mas “infelizmente ainda há muitas limitações”.
“Neste momento, a parte do Minivoleibol – a fase inicial do voleibol – ainda está parada. Vamos ter de redefinir as formas como se faziam estes torneios, porque eram torneios que juntavam sempre muita gente no pavilhão e são coisas que nesta fase ainda não são permitidas”, salientou Mário Azevedo.
O presidente da AVB lamenta que “ainda não seja possível ter adeptos nos pavilhões para assistir aos jogos. Felizmente já se podem realizar os jogos, mas sem público e isso torna o espetáculo mais frio, menos emotivo” e adiantou “a parte boa de tudo isto, é que os clubes adaptaram-se às novas tecnologias e hoje vê-se muito mais streaming de jogos nas redes sociais, que, pensamos, vai ajudar a divulgar e a fomentar a modalidade e, talvez, até captar mais atletas para o Voleibol”.
Tem sentido os clubes com dificuldades em retomar a atividade e em manter os atletas? “Houve muitas quebras de atletas. Há clubes que ainda nem sequer retomaram a atividade e estamos a ver com alguma preocupação o facto de poderem ou não regressar em setembro. Outros clubes retomaram, mas com menos escalões do que tinham antes, com plantéis mais reduzidos porque houve muitas desistências de atletas”.
MUITO TRABALHO PELA FRENTE
Agora “temos de trabalhar, de batalhar, de tentar cativar os mais jovens para esta modalidade porque se calhar só daqui por alguns anos retomaremos, efetivamente, a normalidade e, portanto, temos que começar o trabalho por baixo”.
Mário Azevedo considera que “nota-se um grande retrocesso no desporto” e aponta que “neste período de tempo perdeu-se muita massa humana, muitos atletas, mas se calhar também treinadores e dirigentes acabaram por se desligar das modalidades e dos desportos. Ainda não foi o caso do Voleibol, pelo menos para já, mas também muitas coletividades desportivas não vão abrir as portas. Agora todos têm de trabalhar no mesmo sentido, os clubes, os interessados, os municípios para voltar a fomentar o desporto”.
BEATRIZ VILAÇA: “É SEMPRE BOM VER O RECONHECIMENTO DO NOSSO TRABALHO”
Beatriz Vilaça foi uma das treinadoras que ontem recebeu a medalha de Campeã Regional. A atual treinadora das Juniores B (Sub-21), sagrou-se Campeã Regional de Juvenis na época 2019/20 pelo SC Braga.
A treinadora bracarense começou por referir que “é um bocado estranho receber os troféus tanto tempos depois…ainda por cima depois de um ano tão atípico”, mas, salientou, “é sempre bom receber o prémio, ver o reconhecimento do nosso trabalho”.
Beatriz Vilaça salientou que “neste momento a equipa já não está completa e, por isso, é um sentimento estranho… é bom por um lado porque estamos a receber um prémio que merecemos e trabalhamos muito por ele, não deixa de ser estranho, porque não está a equipa aqui que teve o mérito de conquistar o título”.