“Podermos regressar a casa, ao nosso pavilhão é o melhor que podemos ter. A motivação é máxima! Tivemos em média 80 a 100 atletas a treinar em casa, só podemos acreditar que vai melhorar”, disse José Miguel Moura, Coordenador Técnico do Basquetebol do clube, a propósito da retoma dos trabalhos de todos os escalões de Formação.
O responsável máximo pelo Basquetebol do SC Braga garante que “o regresso vai ser gradual e de acordo com as orientações da DGS, contamos ter mais 100 atletas no regresso aos treinos, penso que pode ser por natureza uma fase ótima para captação”.
O SC Braga continua a ter como aposta a evolução enquanto se divertem… “a política vai ser a mesma, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para permitir aos atletas evoluírem e divertirem-se dentro de campo, com o bom senso que deve imperar nesta fase da pandemia. Se os atletas e treinadores não estiverem motivados por natureza .. é complicado! Por si só podermos regressar a casa ao nosso pavilhão é o melhor que podemos ter”.
“VAMOS REGRESSAR MAIS FORTES”
Como conseguiram e o que foram fazendo para manter os atletas ligados ao clube e à modalidade durante os últimos três meses?
“Fizemos tudo o que podíamos, treino da componente física, componente técnica com e sem bola, análise e observação de jogo, tertúlias, entrevistas, quizzes sobre o jogo de Basquetebol! Todos deram tudo o que podiam nas condicionantes que tínhamos. Os treinadores deram o mote, foram inexcedíveis, os atletas só tiveram de seguir… tivemos desistências! Claro… são o filtro normal da crise que atravessamos”, disse José Miguel Moura, que adiantou: “vamos regressar mais fortes isso é certo”.
O último ano não tem sido fácil para clubes. Sem competição, com muitas paragens pelo meio, treinos limitados e sem captações, a Formação parece ter um duro e longo trabalho pela frente. José Miguel Moura garante que o SC Braga já tem um plano… “Temos de captar, criar núcleos, divulgar a modalidade… pensar em treinar mais no verão!!” e adiantou: “A vida continua… Quem gosta vai voltar, quem gostar vai dar tudo para compensar. Temos de acreditar que se todos contribuirmos, e tivermos bom senso, tudo voltará ao novo normal, primeiro treinar com limitações, sem limitações e depois começar a competir. Temos de colaborar com AB Braga para criar um plano distrital e confiar que a FPB está a fazer tudo o que pode e sabe para sustentadamente retomarmos atividade”.
“UM GVERREIRO NÃO VIRA A CARA À LUTA”
Numa altura em que se perdeu muito no desporto – atletas, evolução, etc – qual é o grande desafio nesta fase?
“O maior desafio do ponto de vista dos clubes é a sustentabilidade económica. Do ponto de vista humano acredito que poder ver os jovens a correr, lançar, brincar, jogar … vai ser a maior vitória. Nunca esquecendo que ainda vivemos uma pandemia”, disse o responsável do SC Braga.
Questionado até que ponto a exigência de testes para as futuras competições podem travar a evolução da modalidade no SC Braga, José Miguel Moura referiu que “tudo depende da evolução da pandemia, a realização massificada e repetida de testes pode ser um encargo pesado. Mas ainda não mensurável, dentro de meses saberemos”.
Seja como for, José Miguel Moura lembrou o lema do clube “um Gverreiro não vira a cara à luta, trabalha todos os dias para ser melhor”.