O GDN Famalicão parte com a expetativa de conquistar alguns pódios no Torneio Zonal de Juniores e Seniores de Natação, que se realiza no fim de semana na Mealhada.
Pedro Fernandes e Daniela Lopes são os atletas em quem se depositam mais esperanças na luta pelos lugares cimeiros das classificações, mas o GDN Famalicão leva ainda mais nove nadadores: João Silva, João Tinoco, Mateus Carvalho, Mateus Faia, Rui Madureira, João Oliveira, Beatriz Martins, Eduarda Silva e Mariana Costa.
Pedro Faia, coordenado técnico do conjunto de Famalicão, começou por referir que “estamos ansioso por competir e é a competição que nos alimenta”.
Quanto aos objetivos para a primeira prova da época, o treinador famalicense confirmou que “partimos com a expetativa de pódios, nomeadamente, pelo Pedro Fernandes e pela Daniela Lopes”, e adiantou que “a equipa está bem, está preparada para regressar à competição”.
“MISTO DE ANSIEDADE POR COMPETIR, MAS TAMBEM RECEIO”
E como é regressar à competição mais de oito meses depois da última prova? “Nós já não competimos desde fevereiro. Hoje o sentimento é um misto de ansiedade por competir, mas também de receio atentando à época que vivemos”, mas “a prova é organizada pela Federação Portuguesa de Natação, o que nos dá, desde logo, uma segurança e muita confiança”.
O GDN Famalicão está a treinar há cerca de 10 semanas desde que deu início à pré-época, em setembro, e Pedro Faia garante que o grupo está motivado: “sinto os atletas bem focados, motivados e comprometidos em dar o seu melhor para tentar obter os melhores resultados possíveis para o clube”.
Toda a equipa do GDN Famalicão sente falta das competições… “por esta altura, numa época normal, já tínhamos realizado várias provas. A verdade é que já estamos há oito meses sem competir, portanto, não temos qualquer ritmo competitivo, nem mesmo a nível regional. Nós promovemos uma competição interna no fim de semana passado para aferir como estavam os atletas e os tempos que eles realizaram são animadores e deixam-nos confiantes para o Torneio Zonal”.
O GDN Famalicão leva 11 dos atletas que asseguraram os mínimos para a prova: “tínhamos mais atletas com mínimos, mas alguns não vão poder estar presentes uns por questões laborais, outros devido aos estudos…”.
ADIAMENTO DOS CAMPEONATOS NACIONAIS
Questionado sobre se a falta de competições não levou a algum desânimo nos treinos, Pedro Faia referiu que “sinto que 95 por cento dos atletas continuam muito motivados e trabalham afincadamente. Naturalmente, há um pequeno grupo que quando soube que não haveria Campeonato Nacional este ano baixou a guarda, mas é um número muito residual de atletas e não contagia o grupo” e adiantou mesmo que “o grupo está mais coeso e a seu tempo, quando tiverem provas marcadas, vão ter o mesmo compromisso de sempre”. De resto “os atletas que baixaram a guarda continuam a ir aos treinos, não com a frequência desejada, mas vão mostrando que quando houver provas marcadas estarão cá para dar o seu melhor”.
Os Campeonatos Nacionais foram adiados pela FP Natação devido, entre outras razões, ao aumento de número de contágios, uma decisão que Pedro Faia apoia…
“Inicialmente, basicamente no arranque da época, era apologista que se realizassem os Campeonatos Nacionais por considerar que era uma mais valia para os clubes e para a natação, por ser uma prova coletiva. Porque envolve os atletas, onde o individual é ultrapassado pelo espírito coletivo”, começou por referir o treinador do GDN Famalicão, que adiantou que “quando a FPN decidiu adiar as provas concordei com a decisão… com a evolução dos números da pandemia era complicado organizar uma prova daquele nível, ainda mais tratando-se de uma prova coletiva e que exigia um número elevado de atletas. Era de todo uma falta de bom senso organizar os Campeonatos Nacionais. Aqui a FPN antecipou-se e adiou as provas, deixando a indicação que se vão realizar logo que seja possível”.
CRIATIVIDADE, TOLERÂNCIA E DESGASTE
Como é trabalhar diariamente com tantas limitações? “Temos de ser mais criativos, mais tolerantes, abordar outro tipo de metodologia de treino, fazer treinos diferentes tendo em consideração as limitações do espaço e do tempo que temos. Fazemos adaptações quase semanais. Claro que tudo isto leva a um maior desgaste dos treinadores, dos atletas. É uma aprendizagem constante e requer uma responsabilidade conjunta”.
“Nesta altura ninguém questiona o porquê de estarmos a mudar os horários, os locais de treino…todos sabemos que temos que nos adaptar e que vivemos uma fase de grande incerteza que nos obriga a, quase semanalmente, fazermos uma avaliação das medidas e a ajustarmos às novas regras para os mantermos seguros”.
Para Pedro Faia “a grande dificuldade é jogarmos no campo da sorte” e adiantou que “o que mais desejamos é ter sorte e continuar sem termos qualquer atleta contagiado para que possamos continuar com a nova realidade dos treinos. Temos tido sorte, porque quanto mais trabalhamos mais sorte temos”.
O treinador do GDN Famalicão lembrou que “nas piscinas todas as normas foram implementadas para que todos possam manter a confiança. A Câmara Municipal de Famalicão tudo faz para garantir essa segurança e confiança. Temos feito um trabalho conjunto até hoje e, felizmente, temos tido a sorte de treinar apesar das restrições…Claro que cada vez mais temos de apelar à responsabilidade de todos e desejar que a sorte nos continue a acompanhar”.