CICLISMO

Luís André Ribeiro: dos pódios da natação para os grandes palcos do ciclismo

Luís André Ribeiro, ciclista de Forjães que alinha no C.C.Barcelos/A.F.F./Flynx/H.M. Motor, é um dos nomes a ter em atenção no pelotão de Juniores. No seu ano de estreia no escalão o ciclista de 16 anos quer ajudar a equipa, ganhar experiência e aprender o mais que puder para um dia mais tarde “quem sabe, chegar a uma equipa profissional portuguesa”.

Luís André Ribeiro não anda há muitos anos no ciclismo. Começou na natação e fez alguns pódios, mas a paixão pelo ciclismo transmitido pelo pai e pelo avô acabaram por levar a melhor e hoje é um dos seis Juniores de primeiro ano do CC Barcelos. David Duarte e Sérgio Monteiro (são os únicos Juniores de segundo ano) completam uma equipa que apesar de jovem tem a ambição de conquistar bons resultados.

A ALEGRIA DE REGRESSAR AOS TREINOS NA ESTRADA

Luís André Ribeiro regressou aos treinos de estrada na última semana e garante “fiquei bastante contente por voltar à estrada”, pois “foi muito tempo ‘fechado’ em casa”.

Apesar de ter estado mais de mês e meio sem treinar na estrada, o ciclista do CC Barcelos não sentiu o esforço: “não me custou nada regressar à estrada, por acaso pensei que iria custar mais”, mas, salienta: “também fiz um bom trabalho durante o tempo de isolamento”.

Tal como todos os seus colegas, Luís André Ribeiro teve que fazer treinos nos rolos, algo a que já estava habituado, por outras razões… “fiz rolos todos os dias, ligado à plataforma zwift, que ajudou bastante a passar o tempo”. De resto, “já estava habituado a fazer rolos porque na época passada, como Cadete de segundo ano, tive duas quedas um pouco graves que me afastaram da estrada alguns meses. Tive que recorrer aos rolos enquanto recuperava”, mas “fiquei muito satisfeito por voltar à estrada”.

“JÁ SENTIA FALTA DA ROTINA DOS TREINOS E DE OUVIR AS CHAMADAS DE ATENÇÃO… ”

Luís André Ribeiro já conseguiu reunir-se com a equipa e matar saudades dos treinos de grupo: “retomamos no fim de semana passado, mas com número reduzido de atletas, cumprindo as normas de segurança como o distanciamento entre cada atleta e a divisão da equipa em grupos de quatro”.

“Durante o isolamento todos os dias conversávamos no messenger, no grupo da equipa e também fazíamos alguns telefonemas, mas já sentia falta da rotina dos treinos e de ouvir as chamadas de atenção através do megafone do senhor Alberto”, referiu o ciclista de Forjães, que adiantou que “já tinha saudades de conviver com os colegas de equipa”.

“É FÁCIL CONCILIAR AS DUAS COISAS, BASTA TER TUDO ORGANIZADO”

Durante o período de confinamento, Luís André Ribeiro teve que aprender a organizar o seu tempo para conciliar aulas e treino em casa. Antes das aulas retomarem treinava alguns dias de manhã e outros à tarde. Quanto as aulas começarem passei a treinar ao fim da tarde visto que as aulas só acabam por volta das 17:40 ou 18:30h. Só à quarta-feira é que treino ao início da tarde porque é o único dia em que tenho a tarde livre”.

“É fácil conciliar as duas coisas, basta ter tudo organizado. Também aproveito certos intervalos para adiantar os trabalhos para depois, no fim das aulas, fazer o meu treino”, acrescentou o ciclista do CC Barcelos.

Luís André Ribeiro estreou-se este ano no pelotão de Juniores e participou em duas provas – Prémio Cidade de Fafe – Prova de Abertura e Prémio de Ciclismo de Barroselas -, tendo terminado no Top35.

SENTI ALGUMA DIFICULDADES DEVIDO AOS QUILÓMETROS”

“Visto que sou Júnior de primeiro ano senti alguma dificuldade devido aos quilómetros exigidos e também porque estive muito tempo parado na época passada”, disse Luís André Ribeiro, que adiantou que “a Prova de Abertura em Fafe correu dentro das minhas expectativas. Dei o meu melhor, mas senti que ainda não estava no ritmo desejado”.

Quando à prova de Barroselas “as condições climatéricas não ajudaram. Isso foi igual para todos, mas eu senti um pouco de receio de voltar a ter uma queda. Tentei andar sempre na frente do pelotão. Sinto-me feliz por terminar a prova, pena foi que alguns colegas não tivessem terminado para trabalharmos em equipa”.

Qual foi a grande diferença que sentiste em relação às corridas dos Cadetes?

“A grande diferença foi, sem dúvida, os quilómetros. O ritmo nestas duas provas foi semelhante à época em Cadete, se calhar, por serem as primeiras da época. Percebi que vou ter adversários muito fortes, alguns deles com muita experiência”. Em contrapartida, o CC Barcelos possui uma equipa extremamente jovem “apesar da nossa equipa ser composta maioritariamente por Juniores de primeiro ano temos grandes ambições. Podem contar connosco”.

Pessoalmente, Luís André Ribeiro pretende “ganhar experiência e tentar ajudar a equipa no que for preciso”.

DUAS QUEDAS GRAVES NO ÚLTIMO ANO

O ciclista do CC Barcelos teve um segundo ano de Cadetes para esquecer. Luís André Ribeiro sofreu duas quedas graves: “a primeira foi na Prova de Abertura, no sprint final e a segunda foi na segunda prova da Taça de Portugal”, que o obrigaram a ficar longe das estradas durante bastante tempo. E quanto a medo do ciclismo?

“Fiquei com algum receio quando voltei à estrada. Nas provas não me conseguia colocar na melhor posição no pelotão. Tinha medo de voltar a cair, mas com o tempo isso passou”, garante o ciclista de 16 anos de idade.

EXPERIÊNCIA NA PISTA

Para Luís André Ribeiro esta é uma época de grandes experiências. A Pista foi uma delas.

“Foi a primeira vez que fiz Pista, nunca tinha feito. Na Pista as coisas não correram como eu gostaria. No primeiro treino que a equipa realizou no velódromo tive muito medo, mas com o passar dos minutos fui ganhando confiança e cheguei à conclusão que não era tão negativo quanto pensava. Já as provas não correram bem, não sei o que se passou… Parece que as pernas não desenvolviam”, disse Luís André Ribeiro, que lembrou que “a falta de experiência, o receio de cair, se calhar, influenciaram um bocadinho e durante as provas ainda deu para ver algumas quedas”.

DA NATAÇÃO PARA O CICLISMO

Luís André Ribeiro é de Forjães, em Esposende, e nem sempre esteve ligado ao ciclismo de Estrada: “comecei a fazer ciclismo por influência no meu pai e do meu avô, que faziam ciclismo. Comecei por fazer BTT. E não entrei mais cedo porque os meus pais diziam-me que em primeiro lugar estava a escola… e como já fazia natação não podia fazer tudo”.

O CC Barcelos surge por intermédio de um amigo… “foi através do pai de um ciclista que já frequentava a equipa. Ele sabia que eu andava de bicicleta e gostava, mas só fazia BTT”.

Com a entrada no CC Barcelos perdeu-se um nadador… “no início ainda conseguia conciliar o ciclismo com a natação, mas depois as provas começaram a coincidir e os treinos também e tive que optar”. Ganhou o ciclismo: “Posso dizer que gosto mais do ciclismo, apesar de ser mais perigoso e sentir a falta dos pódios da natação, ao quais estava habituado”. De resto, o ciclismo acabou por conquistar a família: “no início a minha mãe não era muito a favor de deixar a natação e ingressar no ciclismo, mas agora já entrou no espírito do ciclismo e até já sente falta de ver as corridas de ciclismo”.

SER PROFISSIONAL NUMA EQUIPA PORTUGUESA E PARTICIPAR NAS GRANDES CLÁSSICAS

Luís André Ribeiro, que estuda no 11.º ano, no curso profissional Técnico e Auxiliar de Saúde, confessa que gostava de chegar a profissional: “gostava de chegar a uma equipa profissional portuguesa e depois subir de categoria…Sei que é muito difícil derivado ao curso que estou a tirar (Técnico e Auxiliar de Saúde) e em Portugal é difícil ser ciclista profissional”.

“O meu grande sonho é poder participar nas grandes clássicas do World Tour”, disse o jovem de Esposende, que elege “a Liège-Bastogne-Liège” como a sua preferida.

Nos planos para o futuro, Luís André Ribeiro salienta ainda que “gostaria de trabalhar na área da saúde ou de fazer parte do staff de uma equipa profissional”.

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