Tomé Novo, da SAERTEX Portugal/ Edaetech, parte motivado para segunda prova da Taça de Portugal de Downhill, que se realiza este fim de semana na Seia.
O ciclista de Viana do Castelo, que não esteve presente na primeira prova, refere que “estou a encarar esta prova da Taça de forma muito positiva” e salientou “já conheço a pista do ano passado, do Campeonato Nacional, e devo dizer que é muito boa, assim como a organização”.
“O percurso, pelo que tive oportunidade de ver, sofreu algumas mudanças, que me parecem positivas, mas amanhã já iremos ver no trackwalk. No fundo a pista é divertida , mas uma prova não gira só à volta da pista… Fazendo parte da Associação da Padela Natural e estando por detrás da pista do Monte da Padela procuro sempre o melhor a nível de pista, mas também tudo para os atletas se sentirem bem, para que não lhes falte”
Na Seia, assim como em todas as provas da Taça de Portugal, são muitos os atletas estrangeiros e alguns de renome presentes. Tomé Novo considera que “é muito positivo porque todos os pilotos e o público gostam de ver pilotos estrangeiros de renome internacional, pelo andamento que eles têm e pelo espetáculo que fornecem. Nós como pilotos gostamos de os ter cá para divulgar o potencial que Portugal tem como pistas e também para aprendermos novas coisas, a nível de organização e de formatos de pistas diferentes dos nossos”.
“Tentarmos melhorar o nosso andamento pelas passagens deles, claro que para os atletas mais novos de idade se nota aquela alegria especial porque muitos dos atletas só os conseguem ver nas redes sociais e quando vêm cá deliram. No fundo a presença deles é positiva para nós e para Portugal é claro que também nos tratam sempre bem”.
A presença desses atletas impede, no entanto, a conquista de melhores resultados. Isso incomoda ou desanima um bocado? “Claro que os resultados deles podem, por vezes, ofuscar os nossos grandes pilotos nacionais, mas isto é mesmo assim, eles são profissionais e fazem deste desporto a sua vida. Levam vidas totalmente diferentes arrisco-me a dizer da maior parte dos pilotos portugueses federados, que na segunda-feira têm trabalho, contas para pagar ao fim do mês, etc. Eles só treinam para isto só, mas também não nos podemos esquecer que temos grandes pilotos portugueses, que lhes dão luta e também vamos lá fora, não são apenas eles que vem cá tentar ‘roubar’ troféus e pontos”, disse Tomé Novo, que salientou que “mais importante é que não nos podemos esquecer que não conta sermos profissionais, corrermos por grandes equipas ou então ser um bom piloto… porque a partir do momento que sairmos do gate de partida os erros podem acontecer para qualquer um”.
Quais os objetivos que tens para esta prova? “Eu tenho os meus objetivos pessoais tentado sempre melhorar de ano para ano, mas temos grandes pilotos portugueses. A verdade é que não pretendo fazer desta modalidade um estilo de vida porque trabalho e uma lesão é complicado na minha vida pessoal”, disse Tomé Novo, que salientou que “o mais importante acaba por ser o convívio com os colegas de prova e com amigos pessoais, aqueles com quem estamos juntos em todas as provas e fora de provas. É não levar isto demasiado a sério porque não é só a competição, é tudo o resto que importa”.
Como tem sido a preparação? “Os treinos com este horário de inverno acabam por serem feitos ao fim de semana, mas também com o Campeonato Nacional marcado para Padela, de dentro de dois meses, acabo por passar mais tempo na pista”.