João Silva, ex-ciclista de Braga, foi o último grande vencedor do Circuito de Santo António de Amares, tendo, no mesmo ano, conquistado a Camisola Branca, de melhor ciclista minhoto no Grande Prémio do Minho.
Este ano as duas provas vão aliar-se e o Grande Prémio do Minho termina, domingo, inserido no Circuito de Santo António de Amares.
A prova de Amares, uma das mais antigas do país, apresenta este ano um percurso remodelado, com duas subidas de montanha de primeira categoria (Subida à Senhora da Abadia) e promete dar ainda mais emoção ao sempre apetecido Grande Prémio do Minho, prova destinada à categoria de Juniores.
“TANTO O CIRCUITO COMO O GP MINHO SÃO CONHECIDOS PELA SUA DUREZA”
João Silva, que na altura representava a Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact, é assim o último herói das duas provas que estiveram suspensas em 2020 e 2021 devido à pandemia… O ex-ciclista de Braga recorda que “tanto o Circuito de Santo António de Amares, como o GP do Minho são conhecidos pela sua dureza, sendo o circuito um constante “sobe e desce” que o torna particularmente desgastante” e adiantou que “recordo-me do circuito como se fosse hoje e de a nossa equipa ter dominado e eu acabei por ser o felizardo…”.
Já no GP Minho: “fui sem nenhum objetivo pessoal em concreto porque tinha estado a semana anterior sem treinar devido a um recrutamento da força aérea e de apenas ir com o objetivo de ajudar os meus colegas de equipa. No entanto acabei por estar numa forma aceitável e de fazer um bom resultado tendo em conta as condições”.
Como é gerir as sensações e o esforço em provas como estas? “É um desafio… e em cada etapa é preciso gerir as sensações de dia para dia e não se deixar ser afetado pelas emoções do momento”, referiu João Silva.
CAMISOLA BRANCA? “ACABA POR SER UMA MOTIVAÇÃO EXTRA”
Qual a importância, no GP Minho, de ser o portador da Camisola de Melhor Minhoto? “Acaba sempre por ser uma motivação extra tendo em conta que no Minho há sempre bons ciclistas” afirmou o ex-ciclista de Braga.
Com a tua experiência, que conselhos deixas aos ciclistas que vão participar neste GPM? “O conselho que eu posso dar é que eles giram bem as coisas tendo em conta as sensações e acima de tudo que se divirtam”, disse.
João Silva abandonou o Ciclismo em 2019, depois de uma época em que esteve em particular destaque, tal como a sua equipa. A dedicar-se aos estudos, João Silva refere que “há sempre saudades da competição e de toda a sua envolvência, mas acho que foi a escolha acertada e não voltaria atrás”.