A Associação de Voleibol de Braga está preocupada com o futuro dos clubes seus filiados e da modalidade. A Formação está parada há cerca de um ano, tendo apenas, aqui e ali, realizado alguns treinos individuais. Com tudo parado, novamente, e sem data para regressar, Mário Azevedo teme que muitos atletas já não regressem e que os clubes possam ter dificuldades em retomar a atividade.
“Neste momento a grande preocupação é o que pretendemos para os clubes. Vai ser difícil a realidade dos clubes quando voltarem os treinos” disse Mário Azevedo, presidente da Associação de Voleibol de Braga.
“HÁ MUITO RECEIO COM A FORMAÇÃO”
Mário Azevedo refere a AVB vai conversando com os clubes e nota que há um grande receio, principalmente, com a Formação, mas não só…
“Vamos conversando aqui e ali. E há muito receio com a Formação, mas deve ser geral com todas as modalidades. Mesmo as equipas Seniores que estão em competição na I Divisão, não conseguem ter o rendimento/comportamento esperado pelas equipas. Há muitas mais condicionantes que muitas vezes ultrapassam a preparação do que havia no passado”.
Em relação à Formação, Mário Azevedo não tem dúvidas “o revés vai ser enorme. Muitos atletas já não regressam à modalidade ou ao desporto. Perdem-se os hábitos. Os clubes vão ter de recomeçar as captações e a adesão é incerta. Terá de ser tudo repensado”.
“DIVULGAÇÃO DA MODALIDADE SERÁ UMA NECESSIDADE”
O que está a AVB a pensar fazer para recuperar os atletas e ajudar os clubes?
“Primeiro precisamos de saber o que nos espera. Quais as condicionantes a que vamos estar sujeitos”, disse Mário Azevedo, que continuou: “mas a divulgação da modalidade será uma necessidade. No passado fomos divulgar a modalidade a escola e concelhos onde não havia clubes, de forma a fomentar o gosto pela modalidade. Neste momento poderá passar por alargar essas ações aos locais onde já existiam clubes, para ser mais fácil encaminhar os interessados para um clube que já dispõe das condições para a modalidade. Ainda é um processo em estudo”.
SELEÇÃO RECOMEÇA DO ZERO
Com toda esta situação, também o projeto das Seleções da AVB, que em conjunto com a AVVC formava a Seleção do Minho, ficou afetado.
“O trabalho que vínhamos a fazer estava direcionado um escalão etário. Com esta quebra, há todo um grupo que passou por esse escalão sem ter essa oportunidade de trabalhar nesse âmbito. As próximas que passarem por esse processo, vai ser como quando iniciamos. Um início de projeto novamente, apenas com a vantagem de a AVB estar mais preparada do que estava com o primeiro grupo. Agora a passagem de experiências entre atletas que ficavam dois anos no grupo e ajudavam a integrar os novos elementos e passar as ideias, foi quebrado”.