NATAÇÃO

Daniela Lopes com presença positiva no Jamor

Daniela Lopes, do GDN Famalicão, foi uma das nadadoras presentes, no fim de semana , no Torneio Competitivo do Jamor, prova promovida pela Federação Portuguesa de Natação e que visava dar competição aos melhores nadadores nacionais.

A nadadora famalicense conquistou o quinto lugar na prova dos 200m e a nona posição dos 400m Livres. Para Pedro Faria, coordenador técnico do clube famalicense, a prestação da atleta, que ascendeu esta época ao escalão Júnior, está de acordo com o esperado.

“A Daniela fez uma prova dentro das expetativas. A ausência de treinos em piscina de 50m não nos permitiu aspirar a mais. Fazer a transição dos treinos em piscina de 25m para uma competição em piscina de 50m não é fácil. E essa foi a grande dificuldade dela nesta prova” disse Pedro Faia, que lembrou que “há cerca de um ano que não temos treinos em piscina de 50m, as piscinas têm o acesso restrito e isso para nós é um handicap. Sabemos que vamos ter essa dificuldade ao longo da época”.

Para além disso, Daniela Lopes subiu este ano ao escalão Júnior “e quando realiza provas com os Seniores, nota-se a diferença até porque tem havido muito poucas provas. Este ano é tudo uma aprendizagem para ela, faz parte do crescimento, mas a maior dificuldade é a falta de treinos em piscina de 50m”.

GDN FAMALICÃO MANTÉM TREINOS COM EQUIPA ABSOLUTA

O GDN Famalicão é um dos conjuntos a nível nacional que tem a equipa Absoluta (masculinos e femininos) a treinar. As duas equipas militam na 1.ª Divisão e como tal estão autorizadas a treinar e a Câmara Municipal de Famalicão também acedeu ao pedido do clube.

“Neste momento estão a treinar os Juvenis, Juniores e Seniores, escalões que fazem parte da equipa Absoluta. Os restantes escalões (Cadetes e Infantis) estão a treinar online. Mantêm o mesmo programa e o treino semanal, quer na frequência, quer na duração, mas é tudo feito online”.

Quanto a competições…“apenas a Daniela tem tido autorização para participar nas provas porque é atleta de Seleção Nacional. Mas é preciso que se arranje soluções para os restantes atletas”.

Até porque sem competição, os nadadores não têm possibilidades de melhorar as suas marcas…

“Não há competição há muito tempo para a maior parte dos nadadores e como tal não têm possibilidades de melhorar e quem sabe entrar nas convocatórias nacionais. Portanto, nas próximas iniciativas a FPN terá de arranjar uma solução para incluir mais nadadores”.

NOVO EVENTO PREVISTO PARA FINAIS DE MARÇO

A Federação Portuguesa de Natação está a organizar um novo evento, a realizar nas datas em que seriam os Campeonatos Nacionais (26 a 28 março), entretanto, adiados, para dar alguma competição aos nadadores: “concordo que não se deve deixar passar a data em branco e uma vez que não se podem realizar os Campeonato Nacionais, porque nem todos os clubes têm a possibilidade de treinar em piscina, poderão organizar-se um torneio, um treino, algo por aí”, mas “devem arranjar uma solução para que outros nadadores possam participar, possam usufruir da experiência e aferir do seu estado de forma”.

Pedro Faia refere que “não havendo um objetivo, competições marcadas, é uma luta quase diária manter os nadadores motivados, para que eles não vejam só o treino, para que usufruam e rentabilizem o treinos. Motivar os atletas sido uma tarefa adicional para os treinadores. Nos mais velhos é mais difícil motiva-los porque eles já participaram nos Campeonatos Nacionais, em grandes torneios, já estiveram na Seleção Nacional e agora vêm-se sem qualquer competição. Os Juvenis e os Juniores tem sido mais fácil de os manter incentivados porque ainda não têm a comparação”.

GRANDE ADESÃO AOS TREINOS

Apesar das dificuldades provocadas pela pandemia, o GDN Famalicão continua a manter o mesmo grupo de nadadores…“o feedback tem ido bastante positivo, mesmo nos Cadetes e Infantis, que estão sem qualquer possibilidade de ir à piscina. Neste momento, fazem apenas preparação física. Mas os treinadores mantêm-nos bastante ligados, inclusive solicitam a presença dos irmãos ou de alguma familiar para participar no treino e temos tido alguma abertura. É uma forma de os manter envolvidos com o projeto”.

O GDN Famalicão está ainda a organizar vários eventos – torneios internos, quiz, concursos  – para manter todos os nadadores ligados ao clube e empenhados na modalidade.

De resto, o clube tem uma adesão aos treinos bastante alta, 93 a 94 por cento, quer nos treinos presenciais, quer nos treinos online..

“É um número bastante satisfatório e até temos, nos mais velhos, atletas que participam nos treinos com mais frequência, também porque estão em aulas online e têm mais facilidade de gerir os horários” disse Pedro Faia.

Se por um lado há a preocupação de manter os nadadores envolvidos com o clube e empenhados na modalidade, o GDN Famalicão, como outros clubes, debate-se com um grande problema. Sem as Escolas de Natação a funcionar não há forma de fazer captação de novos atletas, nem de assegurar a sustentabilidade da secção.

“A realidade do nosso clube sustenta na Escola de Natação, quer a nível de Formação, quer da sustentabilidade económica. Não temos a Escola a funcionar e, portanto, não a temos a rentabilizar e as coisas começam a complicar-se. Até porque as Escolas não funcionam, mas toda a estrutura de competição está em funções. Se esta paragem, este confinamento se prolongar, vai ser muito difícil de ultrapassar, quer para termos atletas a entrar para os escalões de Formação. Tendemos a não ter Formação num futuro próximo, quer para manter a sustentabilidade económica do clube ”, referiu o coordenador técnico do GDN Famalicão, Pedro Faia.

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