José Amorim faz um balanço positivo da época 2020, ano em que ingressou na recém-criada equipa da Rematelaborado – União Ciclista de Ponte da Barca. José Amorim esteve na luta em, praticamente, todas as provas em que participou e assegurou um lugar no pódio no Campeonato Nacional de Fundo em Master 45, que se disputou em A-Do-Barbas, em Macieira, Leiria.
“O balanço é muito positivo”, começou por afirmar o professor da zona do Porto, que adiantou que “para uma equipa com 10 meses de existência, conquistamos vários pódios em provas nacionais e na vizinha Espanha. A nível pessoal foi igualmente positivo. Em quase todas as provas em que participei estive perto dos primeiros lugares no meu escalão de M40. Consegui vencer a Sr.ª da Graça, fui terceiro na primeira etapa da Volta a Lugo, na Galiza e fiz terceiro lugar no Campeonato Nacional de Estrada. Como tal, e mesmo com poucas provas realizadas, numa equipa tão recente, julgo que foi uma época muito positiva”.
CAMPEONATO NACIONAL ESTRADA FOI O PONTO ALTO
José Amorim não tem dúvidas que o ponto alto da época “foi o Campeonato Nacional de Estrada. Foi a prova mais importante e mais difícil de todas. Tinha como objetivo ser Campeão Nacional e acreditei até ao fim que o conseguia. Não foi possível. O que falhou? Foi mesmo isso, não ser Campeão Nacional. Seria a cereja no topo do bolo. Mas um pódio é sempre bom e deixa-me motivado para o futuro”.
José Amorim chegou à União Ciclista de Ponte da Barca no seu arranque da recém-criada equipa de Ciclismo de Estrada…“cheguei ao clube através do Pedro Afonso. O Pedro organizou várias provas que disputei em 2019, estive quase sempre em bom nível e surgiu a oportunidade de representar a UCPB. Acreditei no projeto e aceitei o convite”.
“ESTOU A GOSTAR MUITO DE ESTAR AQUI”
“Estou a gostar muito de estar aqui. É uma equipa ambiciosa, que entra nas corridas para disputar os títulos e os pódios quer em Master 30, 40 ou 50. A equipa está sempre na luta. De resto, a adaptação foi fácil, também acabamos por estar habituados a estas mudanças e o facto de conhecermos alguns dos novos colegas acaba por facilitar a integração. Depois fui muito bem recebido”, lembra José Amorim, que salientou que “já conhecia o Alberto Amaral, o Paulo Angélico, que era meu adversário o ano passado, e o Hélder, pois fizemos uma corrida juntos na Póvoa de Lanhoso”.
Como é correr ao lado e um Campeão Nacional e Ibérico como o Alberto Amaral? “O Alberto Amaral acaba por ser uma referência para nós. É um ciclista que está habitado a ganhar e que continua a trabalhar afincadamente para conquistar títulos. Já o conhecia como adversário, foi meu adversário em Master 40. Era um ganhador como o é agora em Master 50. É uma motivação extra para nós e um exemplo a seguir. Queremos fazer o mesmo que ele, mas nem sempre é possível”.
NO CICLISMO DE COMPETIÇÃO DESDE 2009
José Amorim está ligado ao desporto desse criança, mas apenas em 2009 enveredou pelo Ciclismo… “Pratico desporto de competição desde os 12 anos, mas Ciclismo só comecei a praticar em 2009. Desde então representei vários clubes: Rodabike Gondomar, CDC Navais/Póvoa do Varzim, Ronda Espinho e algumas épocas como individual”. E porque o Ciclismo? “Sempre gostei de ciclismo, o meu pai foi ciclista e sempre houve essa paixão lá em casa. Sempre tive bicicleta, volta e meia dava uma volta e fazia as brincadeiras com os amigos. Em 2009 essa paixão tornou-se mais séria”.
José Amorim começou pelo BTT, mas rapidamente optou pelo Ciclismo de Estrada e Pista…“agora que a época de Estrada está terminada, gostava que houvesse Pista. É uma vertente que tem um calendário curto e que normalmente se realiza em janeiro e fevereiro. Ou seja, os treinos deveriam estar a iniciar-se agora. Para treinar temos de ir ao Velódromo da Anadia e mesmo sem certezas quanto a competições gostava de ir lá treinar. Parece-me que há abertura para se treinar lá, mas vamos ver como correr”.
À PROCURA DOS TÍTULOS NACIONAIS
Quanto a objetivos? “O meu objetivo na Pista é tentar sagrar-me Campeão Nacional mais uma vez. Em 2019 fui Campeão Nacional de Eliminação de Master 40 pelo Balantuna… e gostava de poder estar na luta novamente”.
Com a época encerrada, José Amorim garante que não vai pendurar a bicicleta: “vou continuar a treinar porque gosto e não quero perder a forma. Claro que agora não fazemos treinos com tanta intensidade, mas parar não é uma opção”.
Quanto ao futuro: “espero continuar a fazer parte deste projeto da UCPB, ajudar a equipa a crescer e a conquistar troféus. A nível pessoal quero continuar a disputar a vitória em todas as provas em que participar”, mas, garante, “o objetivo principal será sempre ser Campeão Nacional. Gostava muito que fosse em representação da União Ciclista de Ponte da Barca”.