“O Grande Prémio do Minho era um dos nossos objetivos para a época infelizmente foi cancelada” foi assim que César Maciel, diretor desportivo da Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact, começou por se referir à prova organizada pela Associação de Ciclismo do Minho e que deveria terminar durante o dia de hoje, com a disputa da terceira e última etapa.
O 32.º Grande Prémio do Minho estava marcado para os dias 24, 25 e 26 e deveria percorrer algumas das zonas mais emblemáticas do Minho, envolvendo cerca de centena e meia de atletas portugueses e estrangeiros. Na edição de 2019, o GP Minho contou com a participação de 24 equipas, 17 portuguesas, uma belga, uma colombiana e cinco espanholas, que acrescentaram mais competitividade e luta à prova. Melgaço (duas etapas), Guimarães e Vieira do Minho foram os palcos da competição.
“É UMA DAS PROVAS POR ETAPAS MAIS RELEVANTES DO CALENDÁRIO DE JUNIORES”
Este ano, e a exemplo de muitas outras provas, o GP Minho não se realiza e César Maciel lamenta que “não possamos disputar uma das provas por etapas mais relevantes do calendário de Juniores. É uma prova que estava em crescendo quer em termos de qualidade, quer de equipas. Cada vez tem mais equipas estrangeiras com grande potencial, o que era bom para a promoção do ciclismo nacional também”.
O diretor desportivo da Seissa lembra que “os atletas encaram esta prova com particular atenção porque correr à porta de casa tem outro sabor. Sabe sempre melhor conquistar resultados na nossa região e com os familiares e amigos a assistirem”, mas, realçou, “os atletas encaram todas as corridas com muita responsabilidade e sabem que todas são importantes. Aliás os atletas da Seissa trabalham sempre para estar na discussão das corridas”.
A INCERTEZA E O DESÂNIMO
César Maciel referiu que “lamentavelmente, ainda não temos provas. Tenho dúvidas, aliás, que se realizem provas este ano em Portugal. No estrangeiro já estão a abrir as corridas, mas em Portugal ainda não há nada” e adiantou: “marcaram os Campeonatos Nacionais, que consiste num contrarrelógio… foi só mesmo para dizer que não se faz nada, claro que é preferível ter uma corrida do que nada”.
O diretor desportivo da Seissa salientou que “os miúdos andam um pouco desorientados com a falta de corridas. Eles estão um pouco receosos do que vai acontecer para o ano, principalmente, aqueles que estão no segundo ano de Juniores. Muitos ciclistas vão acabar por desistir da modalidade, que já por si não é fácil, mas que com esta situação vai complicar-se ainda mais”.
SEISSA FOI A MELHOR EQUIPA MINHOTA EM 2019
Na edição de 2019, a Seissa terminou na sexta posição, sendo a segunda melhor equipa nacional, atrás do Bairrada. João Silva foi o ciclista melhor colocado, arrecadando a Camisola Branca, de melhor atleta da ACM.
César Maciel lembra que “o ano passado não correu como esperávamos. Tivemos uma série de azares, o Pedro Silva estava debilitado, porque tinha caído numa corrida em Espanha no fim de semana anterior. Mas mesmo assim conseguimos ganhar a Camisola Branco por intermédio do João Silva”.
De resto “as equipas estrangeiras presentes, principalmente, a colombiana deu um andamento muito elevado à corrida. Foi uma corrida muito puxada, mesmo assim fomos a melhor equipa minhota”, disse aquele responsável, que adiantou que “este ano era para estar na luta. Temos uma equipa forte. Os dois miúdos que estão aqui a estagiar e o Ricardo Machado podiam fazer a diferença”.