A Seleção de Sub-16 da Associação de Basquetebol de Braga estava a preparar-se para atacar a subida de divisão na Festa do Basquetebol de Albufeira, mas a pandemia veio cancelar os sonhos da equipa treinada por Miguel Matos. Para trás fica o trabalho feito e a evolução dos atletas num escalão em que já se encontram grandes valores do basquetebol.
Miguel Matos lembra que “foi com tristeza que recebemos a notícia de que este ano não iríamos estar nas Festas em Albufeira em representação da ABB”, mas “vivemos um momento único pois nunca houve registo na história de algo que afetasse tanto o Desporto como a Sociedade. Por isso mesmo tivemos que alterar alguns aspetos que tínhamos planeado”.
“O TRABALHO ESTAVA A SER BOM”
Seja como for “o trabalho estava a ser bom, começamos por observar um total de 45 jogadores de todas as equipas e no momento da paragem já estávamos reduzidos a 17 jogadores” disse Miguel Matos, que acrescentou que “cada vez mais e a cada treino que fazíamos era notória a dinâmica positiva que este grupo de trabalho já tinha. Estávamos a treinar com uma intensidade relativamente alta, tendo em vista que iriamos encontrar seleções com uma dinâmica semelhante. Por isto tudo estávamos contentes com o trabalho realizado até ao momento”.
“DISPUTAR A SUBIDA DE DIVISÃO”
Quanto às ambições que tinham para a Festa do Basquetebol, Miguel Matos garante que “íamos para lá com o pensamento de disputar jogo a jogo, mas com claras intenções de conseguir disputar a subida de divisão”.
Para a próxima época a Seleção de Sub-16 vai sofrer uma forte remodelação por força da subida de escalão da maior parte dos atletas: “do grupo que iríamos levar quatro seriam de primeiro ano os restantes eram do segundo ano o que não poderão jogar no próximo ano”.
“TEMOS JOGADORES COM ALGUM POTENCIAL”
Pelo que viu durante os treinos, há bons valores na zona da Associação de Basquetebol de Braga? O basquetebol tem futuro?
“Temos jogadores com algum potencial. Espero que alguns deles realmente consigam jogar na nossa Liga. Mas para isso têm que treinar afincadamente” disse Miguel Matos, que adiantou que “temos futuro se os clubes também conseguirem dar melhores condições aos treinadores. Queixamo-nos todos que os miúdos não fazem isto ou aquilo. Muitos fazem da alma coração para poderem dar os treinos e claro que isto depois também trará repercussões em tudo. Por isso quando me perguntam se há futuro digo que, sim há desde que haja trabalho árduo e vontade de todas as partes”.