
O Maria da Fonte continua sem poder regressar aos treinos de grupo. Os pavilhões continuam fechados e o basquetebol apenas está permitido em ringues ao ar livre. Por isso, a formação da Póvoa de Lanhoso está parada desde o início de março e desconhece quando poderá regressar aos treinos.
“Ainda não temos autorização de regressar aos pavilhões. Segundo esta última Resolução do Conselho de Ministros, a nossa modalidade está ‘proibida’ de retomar da atividade ao nível de pavilhão”, começou por referir Jorge Henriques, coordenador da secção de Basquetebol do Maria da Fonte.
TRABALHOS FEITOS A PARTIR DE CASA

O basquetebol, como outras modalidades, pode regressar aos treinos ao ar livre “desde que tenha ringues com condições para tal. O que infelizmente não acontece aqui” disse Jorge Henriques, que lembrou que “fizemos treinos de condição física, aproveitando a plataforma zoom, mas treinos técnicos com bola, infelizmente não conseguimos executar conforme pretendíamos. Disponibilizamos algum trabalho de técnica individual para os atletas executarem em casa”.
Com o tempo a motivação vai decaindo, até porque não havendo jogos e competições a disponibilidade deixa de ser a mesma… “não é que fossem desistindo, mas é difícil manter o rigor e disponibilidade de treino quando não há jogos. Elas e eles querem jogar”, de resto: “nesta altura do ano já era uma altura de maior relaxamento, pois a maioria das competições já tinham terminado. Apenas as Sub-14 feminino estariam a trabalhar com maior foco, pois faltaria ainda disputar a ‘Final Four’ Distrital. Por isso, é normal que as atletas dos escalões superiores já estivessem a entrar numa fase de maior descompressão. Daí que ‘libertamos’ um pouco a mente delas nesta neste mês de junho” referiu Jorge Henriques.

“Formação também é isto… Não podemos, nem devemos estar constantemente a sobrecarregar. É preciso perceber que, por vezes, ganhamos mais ao libertar e criar-lhes os momentos de descompressão”, acrescentou aquele responsável.

FUTURO? “ESTAMOS MAIS PREOCUPADOS COM O PRESENTE”
Quanto ao futuro, Jorge Henriques afirmou que “neste momento, estamos mais preocupados com o presente. Torna-se difícil projetar o que quer que seja para o futuro quando ainda há muita incerteza quanto ao presente”, que adiantou: “a nossa linha já há muito que está definida e preparada. Neste clube não andamos “a favor do vento” ou das “modas”… Claro que estamos preparados para fazer algumas adaptações se este panorama atual assim o obrigar. Temos um projeto de formação bem consolidado e definido. Agora quanto à próxima época, estamos ainda a delinear a melhor estratégia, mas sem nada ainda vinculativo, pois o panorama atual pode mudar a qualquer momento e termos que redefinir tudo de novo”.