A Darque Kayak Clube está a preparar o modelo para o regresso das competições. A Federação Portuguesa de Canoagem divulgou o novo Calendário Nacional, tendo marcado já duas competições para o mês de julho, e a Darque vai reajustar a sua preparação para poder participar nas provas.
“Os 15 técnicos da DKC vão reunir para traçar o modelo que permitira participar nos campeonatos ditos nacionais, mas completamente atípicos”, começou por referir Américo Castro, presidente do conjunto vianense.
MAIOR PARTE DOS ATLETAS JÁ REGRESSARAM AOS TREINOS
Segundo aquele responsável “os cerca de 80 atletas federados da Darque KC estão a treinar, embora haja uma dezena que ainda não regressou por causa de algum receio da pandemia. Na verdade, estão a fazer-se ajustamentos nos treinos por causa da paragem, uma vez que todos os atletas respeitaram o confinamento”.
Para Américo Castro há ainda muitas dúvidas quando à participação em competições: “há ainda muitas incertezas, como transportar, o número de atletas admitidos… os diferentes grupos de treinos por especialidade. Em breve teremos o plano elaborado e completo”.
CAMPEONATOS NACIONAIS?
O responsável da Darque KC mostra-se, no entanto, reticente quanto ao calendário nacional. Américo Castro põe em questão o termo Campeonato Nacional porque as tripulações não podem participar e lembra quem nem todos os atletas respeitaram o confinamento.
“Temos muitas reservas em se poder chamar campeonatos nacionais. Sabe-se que houve atletas que não respeitaram o período de confinamento e que continuaram a treinar na água. O que no nosso entender afeta a verdade desportiva” referiu aquele responsável, que adiantou que “por outro lado, parece não serem permitidas tripulações, o que desvaloriza ainda mais o nome de Campeonato Nacional. A acrescer a isto, há ainda alguns atletas que ainda não regressaram aos treinos, por cautela. Não os podemos censurar. É legitimo. Mas também não vão ter a oportunidade de treino ou de uma presença em Campeonatos Nacionais e há bons atletas nessas circunstâncias. Talvez se mudassem de nome às competições não ficasse muito mal”.
“O QUE NOS NORTEIA É O BEM-ESTAR DOS ATLETAS”
Interrogado sobre se é positivo haver algumas competições, Américo Castro afirmou que “sobre ser positivo ou não a realização de competições, aquilo que nos norteia é sempre o bem-estar dos atletas, a saúde e o bem supremo que é a vida. O futuro é incerto, se tudo correr bem podemos dizer que a medida é positiva. Se correr mal e houver nova vaga não o podermos dizer. Ora se não conseguimos prever o futuro, temos muita dificuldade em responder a essa pergunta. Dependerá sempre do resultado. Podemos sim, dentro das orientações da DGS tentar proteger os nossos atletas ao máximo. Os nossos atletas estão motivados e felizes por fazerem o que mais gostam. Cabe-nos ajudá-los a conseguir o melhor para todos”.