A Escola Desportiva Limiana faz um balanço positivo da curta época de 2019/2020. O clube de Ponte de Lima conseguiu aumentar o número de atletas, criar um grande espírito de equipa e conquistar alguns títulos de Campeão Regional, de Vice-Campeão Zonal e aspirava mesmo chegar ao pódio numa prova nacional. A pandemia do Covid-19 veio suspender todo o trabalho da equipa limiana, que se mostra confiança quando ao futuro.
RUI ALVES PEREIRA: “ESTAVA A SER UMA ÉPOCA DESAFIANTE”
“A título de balanço de referir que esta estava a ser uma época bastante desafiante, pelo acréscimo de novos cadetes, união da equipa, resposta dos mesmos perante o treino e resultados desportivos bastante motivadores, como o de Vice-Campeão Zonal, Campeões Regionais e a possibilidade, bastante real, de conquistar o pódio nacional”, começou por referir Rui Alves Pereira, coordenador técnico da natação da ED Limiana, que acrescentou que “infelizmente tudo ficou adiado, quem sabe, para a próxima época”.
Com as competições e os treinos cancelados, a EDL vai mantendo o contacto com os atletas, no sentido de os manterem ativos e ligados ao clube: “nestes tempos os contactos com os atletas passam sobretudo pelas inúmeras plataformas digitais e redes sociais. A ideia é manter a ligação entre os atletas, treinadores e clube”, referiu aquele responsável.
PREPARAR A NOVA ÉPOCA
Quanto ao futuro, Rui Alves Pereira garante que “o trabalho já começou, passou por reuniões com o Diretor Técnico da Associação (não presencial) de forma a concertarem-se propostas para apresentação à FPN” e quanto ao clube: “dependendo de inúmeras variantes só no terreno e depois de diagnóstico técnico da equipa se poderão definir os objetivos 2020/2021”.
RECEIO DE PERDER ATLETAS
De resto, a ED Limiana teme que alguns dos atletas acabem por não regressar à competição, sobretudo, devido ao medo que existe com toda a situação que se vive…
“É um receio que nos assiste. Os atletas podem não regressar todos aos treinos e não tanto pelo tempo que estão afastados das piscinas, mas sobretudo pela possível desconfiança que possa ficar, sobretudo, com o receio de novos contágios”, referiu Rui Alves Pereira, que adiantou que “julgo e acredito que não será fácil regressarmos à normalidade, mas a chamada da água e a vontade de nos sentirmos livres dentro da água é algo que está na génese do nadador”.
“Por muito medo que nos cause o tubarão, o mar chama e o nosso ser precisa dele….não ficaremos para sempre na areia. Julgo que esta é a imagem com que nos debateremos, aquando do arranque”.