VOLEIBOL

Vitória SC revoltado com decisão da FPV

O Vitória SC está desgastado com a decisão da Federação Portuguesa de Voleibol, que decidiu criar as poules de apuramento para a subida de divisão, prova que está agendada para meados de setembro, antes do arranque da nova temporada. O clube vimaranense vai mesmo demonstrar o seu total desagrado com a decisão junto do órgão federativo.

“Não era esta decisão que estávamos à espera. Mediante a situação pandémica que estamos a viver era de esperar que dessem por terminadas competições, mas tudo o resto era inusitado”, começou por afirmar Óscar Barros, coordenador do voleibol feminino do Vitória SC.

ÓSCAR BARROS: “DECISÃO VEIO ALTERAR A VERDADE DESPORTOVA”

Óscar Barros salientou que “qualquer que fosse a decisão tomada pela FPV, não ia agradar a todos, e poderíamos pensar que era baseada em algo injusto”, mas “esta decisão vem alterar por completo toda a verdade desportiva”.

Sem se deter, o treinador da equipa sénior feminina do Vitória SC explicou que “esta decisão vai permitir que equipas que tenham mais potencial económico, mais peso no seio do voleibol, possam apetrechar-se com plantéis novos e muito fortes para subir de divisão. Riscando assim tudo aquilo que foi feito durante a época”.

De referir que a FPV decidiu criar a fase de apuramento de acesso à subida de divisão que se realiza em setembro, antes do arranque da nova época, sendo certo que os agentes desportivos (atletas, treinadores) que nela vão participar serão os inscritos para a época 2020/2021.

“DECISÃO PARA SERVIR OS INTERESSES DE ALGUÉM”

“Esta decisão é de uma total falta de ética, falta de respeito por todos os intervenientes e por tudo aquilo que foi feito pelas equipas no pavilhão até à suspensão do campeonato”, disse Óscar Barros, que lembrou que “na altura da suspensão das provas, já todas as equipas se tinham defrontado entre elas e, portanto, era fácil de tomar uma decisão. Nós tínhamos previsto todos os cenários, mas acabamos surpreendidos com uma decisão que só se justifica para servir os interesses de alguém… e não é para servir 99 por cento das equipas da II Divisão”.

Mostrando-se bastante desgastado com a decisão da FPV, Óscar Barros referiu que “como é que se vai decidir uma subida numa competição em meados de setembro? Para além de todas as implicações que isso acarreta e dos reflexos que vai deixar nas equipas quer para quem sobe, quer para as equipas que não sobem. Isto é simplesmente ridículo”.

“Com esta decisão quem tiver dinheiro sobe. E nós sabemos que há clubes que indiscutivelmente terão mais capacidades que a maioria. Isto é passar uma borracha sobre tudo o que foi feito esta época, os investimentos, o trabalho, a evolução das atletas, o empenho de toda uma equipa”.

AUSCULTAÇÃO AOS CLUBES NÃO FOI LEVADO EM CONTA

A FP Voleibol auscultou os clubes através das Associações e as sugestões passavam por não haver descidas, atribuir o título ao primeiro classificado (Lusófona) e subirem duas equipas; noutro caso haver descidas, mas o último classificado da I Divisão disputar um play off com o terceiro da II Divisão; havendo ainda quem defendesse o cancelamento da época.

“Tenho falado com muitos clubes e todos eles confirmam que nunca sequer colocaram esta hipótese, que é uma decisão que favorece, claramente, alguns clubes”, disse Óscar Barros.

A FP Voleibol decidiu-se por fazer uma fase de apuramento para a subida as equipas (seis) que estariam apuradas para a fase final da II Divisão…

“Nunca vi uma decisão deste género. Decidir-se uma época no ano seguinte, com outro plantel!!! Todos os outros países decidiram-se por duas ou três situações (atribuíram os títulos, cancelaram as épocas), mas nenhuma tomou esta decisão. A FPV tomou uma decisão lamentável”.

REGRESSO AOS TRABALHOS ANTECIPADO

Para competir em setembro, o Vitória SC terá que iniciar a época em agosto “se tivermos jogadoras estrangeiras elas têm que entrar no país a meados de julho devido à quarentena… ou seja, os clubes vão ter que trabalhar mais mês e meio do que é habitual.

“Numa altura em que as dificuldades económicas são acrescidas como é que vamos fazer frente aos gasto de mais mês e meio de trabalho?”.

“TREINADORES E JOGADORAS QUEM LUTAR PELA SUBIDA, MAS…”

O Vitória SC ainda não decidiu o que vai fazer. Por um lado, a equipa técnica e jogadoras querem “lutar pela subida”, mas, neste momento, os clubes estão mais ou menos fechados: “estamos a reorganizar a próxima época. O clube tem uma palavra a dizer sobre tudo isto e temos que pensar nas consequências”, disse Óscar Barros, que lembrou que “o Vitória SC tem uma equipa amadora e não sei se as jogadoras estão disponíveis para treinar em agosto. Se o clube terá disponibilidade económica para proporcionar mais um mês de competição. Tudo isto terá que ser equacionado”. Até porque “ter mais um mês de competição acarreta reflexos para a época e mais tarde os clubes acabam por ter dificuldades acrescidas ou vêem-se na contingência de fazer reajustamentos”.

Afirmando que “estamos todos muito revoltados e tristes porque dedicamos a nossa vida a uma modalidade e depois surgem estas decisões que não abonam em nada a favor do voleibol. Há uma grande falta de respeito pelo voleibol feminino”.

“O Vitória SC é um clube com pergaminhos e merecia mais respeito e atenção por parte dos órgãos federativos”, disse ainda Óscar Barros, que se mostra triste “porque temos um grupo de pessoas entusiasmadas com o projeto e depois surgem estas situações que não conseguimos controlar e que nos deixam perplexos”.

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