CICLISMO

José Mendes: “o ciclismo é uma profissão de paixão”

“Para se ser ciclista é preciso ter paixão. Quem não gostar muito do ciclismo ao primeiro contratempo desiste” disse José Mendes, Campeão Nacional de Fundo.

O ciclista de Guimarães, que alinha na W52 FC Porto, lembra que “nesta profissão passamos por vários obstáculos, temos quedas, lesões, períodos em que as coisas não nos saem bem. Estamos privados da família, dos amigos e das outras coisas de que gostamos de fazer, por amor ao ciclismo. Portanto, temos que gostar mesmo muito”.

UM DIA INTERNACIONAL DO CICLISTA DIFERENTE

No dia Internacional do Ciclista, o que mais custa é mesmo estar afastado do que gostam de fazer: “derivado à situação que estamos a passar, não podemos fazer o que mais gostamos, que é andar de bicicleta, é treinar durante algumas horas por essas estradas fora. Temos que nos limitar a fazer exercícios em casa, tentar praticar o ciclismo dentro de casa, fazer outro tipo de treinos”.

José Mendes referiu ainda que “para nós profissionais a bicicleta é o nosso instrumento de trabalho, mas hoje em dia há cada vez mais amantes da prática do ciclismo, da utilização da bicicleta para passeios e é justo que se assinale o dia do ciclista”.

“HÁ UM LOTE DE JOVENS CORREDORES QUE ESTÃO A IMPOR-SE”

José Mendes, atual Campeão Nacional de Fundo, considera que o ciclismo vai sofrer um revés com esta situação da pandemia, numa altura em que os jovens ciclistas portugueses começavam a ganhar terreno extramuros.

“Em Portugal o número de praticantes talvez tenha crescido ao longo dos anos, mas não foi um grande aumento. O ciclismo em Portugal já viveu melhores dias e, com este problema do coronavírus, vamos passar por um momento difícil. Esperemos que todos consigamos dar a volta. Portugal tem um lote de jovens corredores que se estão a impor e têm conseguido ir para grandes equipas no estrangeiro. Isso é bom porque mostra que se trabalha bem em Portugal e que temos bons valores. E abre boas perspetivas para os jovens que querem fazer do ciclismo a sua profissão”.

“SER CICLISTA NÃO É FÁCIL”

Mas ser ciclista não é fácil. É uma profissão de esforço constante e muita paixão.

“Ser ciclista profissional é muito difícil, é ter que fazer sacrifícios constantes. Antes de mais tem que se ter uma grande paixão por andar de bicicleta, de passar várias horas por dia em cima da bicicleta, muitas vezes sozinho. É estar longos períodos longe da família, dos amigos”, disse José Mendes, que comparou a vida do ciclista com a atual situação de isolamento porque passamos… “nós, ciclistas profissionais, passamos muitas vezes por situações como a que estamos a viver agora. Há alturas, quando estamos a preparar grandes provas, fazemos isto. Treinamos e casa, nada de saídas, mantemo-nos isolados. Nesta situação a grande diferença é o medo do vírus. Mas o ciclista profissional tem muitos momentos destes…”.

Por isso José Mendes não tem dúvidas “para se ser ciclista profissional tem que se ter uma grande paixão pelo ciclismo. Pode-se ter muita qualidade, mas sem paixão não se consegue aguentar no ciclismo muito tempo”.

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