O Maria da Fonte, Campeão Distrital de Sub-16 femininos da Associação de Basquetebol de Braga, continua a dar nas vistas, agora na Taça Nacional. A equipa treinada por Jorge Henriques venceu três dos quatro jogos que realizou e ocupa a segunda posição a um ponto do líder Diogo Cão.
Jorge Henriques, treinador da equipa, considera que “a nossa prestação na Taça Nacional de Sub-16 Femininos está dentro do previsto e do que projetamos até esta fase da prova. Neste momento, estamos num lugar que nos garante o apuramento para a próxima fase, que é o objetivo da equipa: seguir para a segunda fase na Taça Nacional”.
“Temos consciência de que temos dois jogos importantes pela frente para o atingir deste nosso primeiro objetivo, mas também sabemos que só dependemos de nós para o alcançar. O que nos dá um maior otimismo e vontade em mantermos o foco neste mesmo objetivo”, referiu Jorge Henriques.
ATLETAS EM MAIORIA NA SELEÇÃO DISTRITAL
Sobre a equipa, o treinador do Maria da Fonte lembrou que “a equipa é jovem e tem valor. O reflexo do valor que têm é o facto de 60% da equipa fazer parte dos trabalhos da Seleção Distrital de Sub-16 Femininos da AB Braga. Aliás já fizeram parte do trabalho da Seleção 90% da nossa equipa, ou seja, 9 em 10 nossas atletas já fizeram parte desse trabalho, estando agora seis em 10. O que demonstra bem o real valor que esta equipa tem no nosso panorama distrital”.
“É verdade que é muito bom termos este número de atletas nos trabalhos das Seleções Distritais, neste caso, Sub-16 Femininos, mas também há consequências, que poderão ser encaradas como um ‘handicap’ para uma equipa que está ainda em crescimento e a participar em Provas Nacionais”, disse Jorge Henriques, que explicou que “em fases importantes da época não pude contar com todas as atletas e assim preparar melhor a equipa para as provas mais intensas. Isto aconteceu-nos. É ver a nossa fase de apuramento para o Campeonato Nacional de Sub-16 Femininos. Não tivemos tempo para trabalhar em conjunto, pois tivemos, primeiro nove, depois seis atletas nos trabalhos da Seleção. O mesmo tornou a acontecer pelo Carnaval, onde tivemos seis atletas na Seleção numa fase em que já decorria a Taça Nacional”.
TREINOS DA SELEÇÃO EM MOMENTOS CRUCIAIS DOS CLUBES
Jorge Henriques diz perceber “as dificuldades existentes para os treinos das Seleções, nomeadamente ao nível de datas disponíveis, mas o facto de se realizarem em momentos cruciais para os clubes vêm criar algumas dificuldades aos clubes que dispensam um maior número de atletas para esses trabalhos. Com isto temos que contar com o maior desgaste físico e psicológico. Em termos físicos na Seleção fazem treinos bi-diários, numa fase da época bastante intensa. De resto, temos que ter em atenção que estas atletas também jogam em Sub-19, fazendo dois, três jogos por fim de semana, passaram pelas Finais Distritais, que são sempre de um desgaste intenso para todas e não tivemos tempo para fazermos um trabalho de recuperação deste desgaste. Em termos psicológicos fazem trabalhos diferentes nas Seleções, que não fazem nos clubes. Planos de jogo diferente, o que que exige uma enorme disponibilidade psicológica para interpretarem que Seleção é Seleção e clube é clube… Quando regressam ao clube demoram alguns dias a voltarem a encaixar na realidade do trabalho do clube e a voltarem a adquirir as dinâmicas da equipa. Perante o panorama que temos, entendemos que a nossa prestação na Taça Nacional, até ao momento, está dentro do que projetamos e nos dá algum otimismo quanto ao futuro”.
PARAGEM PODE AFETAR EQUIPA
As provas de Basquetebol – como de todas as outras modalidades – sofreram agora uma paragem obrigatória devido ao corona vírus, Jorge Henriques referiu que “o tempo dirá se esta paragem poderá ser benéfica ou prejudicial à equipa. É verdade que a equipa veio de uma fase de muito desgaste físico e estava já a recuperar desse desgaste. Tendo até ultimamente demonstrado maior capacidade de recuperação de jogo para jogo (de um dia para o outro, pois jogam em Sub-16 e Sub-19 no mesmo fim de semana). Entendo que estávamos a entrar numa boa fase, principalmente, ao nível dos índices físicos e das rotinas de jogo, e esta paragem pode não ser boa para quem vai a subir e a recuperar o seu nível competitivo”.
“Veremos qual a real duração desta paragem, bem como os efeitos que poderá provocar individualmente e em termos de equipa. Neste momento estamos totalmente parados e sem qualquer prognóstico de quando voltaremos aos treinos, pois temos todos os espaços desportivos fechados como medida preventiva adotada pelo município da Póvoa de Lanhoso. Veremos se não teremos que fazer quase uma nova pré-época, o que não será nada benéfico para nós… Mas como nós, deverão também estar outros clubes, que não têm capacidade para terem instalações desportivas próprias e dependem das instalações municipais”.